Life of the party | Shawn Mendes

Capítulo 5

- Ainda não acredito que vou sair com a Emmeline. - Diz Derick pela milionésima vez.

- Graças a mim né? Créditos ninguém dá. - Cruzo os braços e faço biquinho.

- Iti meu deusin, opegadu amorzinho do meu corashawn. - Ele aperta minhas bochechas e fala como se estivesse falando com um bebê.

- Para Derick. Eu sei que tenho essa cara de bebê, mas não foi feita pra apertar. - Digo enquanto tiro suas mãos das minhas bochechas e ele ri de mim.

- Beleza parei. Sorte que já premiaram o ganhador, estou morrendo de sono. - Ele se apoia na parede da sala que viemos antes do Grammy começar.

- Também. A gente já durou mais, Derick.- Digo com a mão no rosto e balançando a cabeça em indignação.

- Em nossa defesa, acordamos 5 cinco horas da manhã para fazer aquele comercial. - Acordar cedo não é meu forte e fazer aquele comercial foi desgastante.

- Pois é. - Ficamos em um silêncio confortável quando meu Walk Tolk toca, "atendo" e é Elliort me chamando no camarim para tirar fotos dos dois últimos cantores que vão se apresentar. - Tenho que ir no camarim, a gente se encontra na hall daqui meia hora, ok?

- Ok, madame. - Pego minha câmera e sigo para o camarim.

Vou caminhando e dou um sorriso pro nada quando lembro onde estou. Queria que minha mãe estivesse aqui pra jogar na cara dela que eu consegui e que ela só me ajudou, em partes, mas ajudou. Chego no camarim e vejo Miley Cyrus e Shawn Mendes conversando.

- Licença. - Analiso eles e vejo que trocaram de roupa. - Bem estilosos vocês.

- Obrigada.- Agradece Miley. - Mas você tem que ver isso, Shawn vira de costas. - Ele sorri abaixando a cabeça e se vira.

- Mano... - Na parte de trás da blusa do Shawn está Miley com o dedo indicador na boca bem sensual como se estivesse seduzindo alguém. Eu gostei bastante, bem ousado no Grammy, mas como diria o grande Tiaguinho: "ousadia e alegria". - Eu amei, novo e inovador eu diria.

- Sabia que gostaria, mas quem não iria gostar? É a perfeição estampada nas costas desse deus. - Ela diz e sorrimos.

- Bom, vamos tirar algumas fotos? - Pergunto balançando a câmera para eles.

- Claro. Anne não é? - Alguém me segura que eu vou cair. O Shaw Mendes falou o meu nome, ou melhor ele lembrou meu nome, acho que foi na hora que pedi Emmeline para sair.

- É... Sim, Anne. - Respiro fundo e coloco a câmera na frente do rosto e falo qual é a melhor posição para eles ficarem. - Pronto, boa apresentação pra vocês e até um dia.

- Obrigado - Eles dizem em uníssono e eu saio da sala apressada. Meu ídolo sabe o meu nome, pena que viajo amanhã. Não vou poder encher saco do Derick com isso. Caminho até a sala que estava a poucos minutos e coloco a câmera na mesma. Vou até o hall e não vejo o Derick.

- Que pontualidade senhorita Jones. - Derick aparece atrás de mim e eu pulo de susto enquanto ele cai na gargalhada.

- Isso não tem graça Hans. - Ele para de rir e me olha com uma carranca, minha vez de rir dele. Esse é o segundo nome dele e ele o odeia, não sei porque, me lembra A culpa é das estrelas, apesar de não ter nada a ver.

- Odeio esse nome - Ele coloca o dedo na boca simulando um vômito e eu dou risada disso.

- Vamos embora logo. - E nós fomos para o estacionamento.

~*~

Saio do carro do Derick em um pulo com minha mochila na mão e vou até o porta malas pra pegar a mala, mas Derick foi mais rápido e já está abrindo a mesma.

- Não acredito que nem a mala você arrumou. - Reclama Derick e não posso rebater pois ele está certo mais uma vez. Chegamos tarde ontem, pois fomos comer algo em qualquer fast food da cidade e quando pus meus pés em casa corri pra cama.

- Você sabe muito bem que minha memória não é das melhores. - Entramos no aeroporto enquanto ele carrega a minha mala pequena a medida que andamos.

- Deveria ter deixado você perder o voo. - Ele se apoia no balcão quando nos aproximamos e eu faço o check-in. - E ainda fez questão de tomar café da manhã.

- Mas você não deixou eu perder. E o café da manhã é a refeição mais importante do dia. Você acha que aqueles amendoins vão me sustentar? - Ele revira os olhos em resposta e a mulher que está realizando o check-in devolve meus documentos e passaporte, e seguimos para área de embarque. - Fica bem viu? E se for comprar comida, compre algo decente.

- Minha comida não é tão ruim como você faz parecer. - Ele resmunga e eu pego minha mala, que até então estava com ele.

- Não, imagina. Nem parece que quase tive uma intoxicação alimentar provando o que você chama de strogonoff. - Digo me lembrando do strogonoff que ele tentou fazer e faço uma careta só de lembrar o gosto daquele troço.

- Que exagero Anne. - Ele diz e me puxa para um abraço apertado e retribuo de imediato, nos afastamos e ele me da uma beijo na bochecha.

- Senhores passageiros. O voo para o Canadá sairá em cinco minutos, embarquem e desejamos uma boa viajem a todos. - Ouço anunciarem.

- Eu vou indo. - Devolvo o beijo na bochecha e sigo para o avião após despejar minha mala.

Procuro minha poltrona, e quando acho, vejo que é de cara para a janela. Viro meu olhar e o passageiro que está ao lado da minha poltrona é ninguém mais e ninguém menos que Shawn Mendes. Me aproximo para sentar e passo por ele e meu corpo cai num baque na poltrona e só assim percebo o quão cansada estou.

- Oi. - Cumprimento ajeitando minha postura e puxando minha mochila para o meu corpo.

- Oi. - Ele responde. - Vai para o Canadá?

- Sim e imagino que você também. - Ele assente. Procuro meus fones por todos os bolsos existentes na minha mochila e solto um suspiro quando percebo que esqueci um item vital. - Merda, esqueci meus fones.

- Tenho um, se você quiser pode usar. - Ele diz estendendo os seus fones.

- Não, obrigada. Eu não trouxe o fone, mas tenho certeza que trouxe o livro que comecei a ler. - Volto a mexer na minha mochila e percebo que ele não está lá. - A não, esquecer uma coisa importante, ok. Agora duas? Ai não.

Olho pro Shawn e vejo que ele ri de mim.

- Você não deveria rir da desgraça alheia. - Falo e ele olha para mim.

- Talvez não, só que é mais forte que eu. - Ele para de rir assim que percebe a cara feia que eu fiz. - A gente pode conversar para matar o tempo. O que acha?

- Pode ser. - E essa foi a chave que abriu a porta para várias conversas aleatórias.

Perdoem os erros!