Eu não parava de pensar em quantas formas eu poderia matar Lia e no que tinha acabado de acontecer, minha nossa o dia foi bem intenso.
-Charllote Flynn que porra foi essa?
-Que porra foi essa digo eu Lia Ramirez, porque você foi aparecer justo naquele momento?
-Ah você estava demorando demais, e eu quero te contar um negócio.
-Espero que seja algo bem interessante.
Chegamos no estacionamento, entramos no carro, liguei Elliot e dei a partida.
-Charllote, eu Lia Ramirez vou sair com o Noah - Ela disse toda empolgada.
-Cacete -Eu fiquei surpresa, porém estava feliz por ela - Esse Noah é o carinha que você conheceu no Instagram?
-É amiga, agora me conta como foi na diretoria.
- O diretor falou um monte de merda e eu peguei suspensão de três dias.
-Meu Deus, não vou aguentar viver sem você naquele colégio.
-Ah Lia para de drama tem o Rapha.
Deixei Lia em sua casa e segui para minha, quando entrei em minha casa meu pai estava na sala lendo o jornal.
-Chegou tarde Charllote - disse meu pai baixando o jornal e olhando para mim.
- O senhor que chegou cedo demais - Meu coração estava começando a ficar acelerado - É... pai eu... preciso falar com você.
Sentei ao seu lado no sofá e explico tudo o que aconteceu, eu estava fazendo o meu olhar de cachorrinho arrependido.
-Charllote como assim você deu um soco no nariz de um garoto? - meu pai perguntou decepcionado.
-Ah pai, eu acabei de explicar - Eu já estava perdendo o que me sobrava de paciência.
Ele continuou com seu discurso, já se passavam dez minutos e eu já estava impaciente, será que ele não percebeu que eu não estava ouvindo nenhuma palavra do que ele dizia?
-Charllote você não pode sair por ai agredindo as pessoas, era só você ter simplesmente ignorado ele - me olhou seriamente - Que essa seja a última vez que entra em uma briga. Você me ouviu?
-Ta bom pai, agora eu já posso ir tomar um banho?
-Beleza, vai lá - disse voltando a ler seu jornal.
Debaixo do chuveiro começo a lembrar da minha mãe, todo dia eu sinto saudades dela, do jeito que ela me olhava, do jeito que ela me abraçava, sinto falta até das reclamações dela, perdi ela à 4 anos atrás em um acidente de carro e desde de então meus dias não são os melhores, tenho tudo que quero mas o que adianta ter tudo e ao mesmo tempo ser um vazio por dentro.
Moro praticamente só, meu pai sai cedo para o trabalho e tenho um irmão maior ele tem sérios problemas com drogas, ficou assim desde que a mamãe morreu, acredito que ele fazia isso para aliviar a dor, mas infelizmente isso acabou se tornando em um vício, queria que ele morasse com a gente mas meu pai expulsou ele de casa quando começou a usar drogas, disse que só aceitaria ele de volta quando parasse e adivinha ele nunca parou.
Termino minha higiene pessoal visto um moletom velho da minha mãe e uma calça, penso em mandar mensagem para Lia ou Rapha mas desisto e vou jogar. Já era 2:00 PM então resolvi dormir já estava bem tarde, mas eu não deveria me preocupar já que eu vou ficar três dias em casa.
Arrumo meu colar de prata que estava pendurado no meu pescoço, minha familia estava toda empolgada pois iamos ficar alguns dias na casa da vovó, a voz da minha mãe estava cheia de empolgação e alegria todos estavam animados pois ela tinha prometido que essa seria a melhor férias de nossas vidas.
Meu pai estava conversando com ela algo sobre fazer um piquenique eu não tenho muita certeza pois não estava prestando muita atenção no assunto, meu irmão estava jogando e eu olhava observava a plantação de milho.O céu começou a ficar nublado e uma tempestade muito grande estava por vir.
Então começou a chover meu pai pede para minha mãe diminuir a velocidade por causa que a avenida estava ficando escorregadia minha mãe obedece e continua a viajem tranquilamente,na outra direção vinha um carro em alta velocidade o motorista perdeu o controle e bate no nosso fazendo com que o carro caia no milharal,começo a chorar e ficar desesperada, olhei para Will ele estava sangrando comecei a balançar ele mas não acordava chamei meu pai ele era o único que estava acordado.
-Charlotte você ta bem? - ele me olha com uma expressão preocupada
-Sim papai - começo a chorar
-Está machucada ou sentindo dores?
-Não
-Acha que consegue sair?
-Não sei, mas posso tentar -com dificuldades tiro o sinto de segurança e saio pela janela olho para o carro e começo a me sentir tonta, então olho para minha mãe e ela está sangrando bastante ela olha pra mim.
-Filha eu te... - ela não termina a frase.
-MÃE - Acordei num pulo com um grito entalado na garganta e os meus lençóis enrolados nos meus pés e meu corpo suado.
A pior imagem que tenho da minha mãe é ela se afogando no seu próprio sangue. Começo a chorar e percebo que meu pai entra no quarto e me abraça.
-Calma filha, ta tudo bem - disse ele me abraçando forte
- pai - não conseguia parar de chorar era um sensação tão ruim que vinha me acompanhado desdo do dia em que eu a perdi.
-Respira foi só um pesadelo - ele sorriu para mim - Tá se sentindo melhor?.
-Sim - tentei forçar um sorriso.
-Que bom, já tô indo para o trabalho e tenta dormir mais um pouco tá - ele me solta, dá um beijo em minha testa - Te amo filha. -Ele vai em direção a porta.
-Também te amo pai.
Deito novamente e começo a pensar no pesadelo que tive, e em meio aos meus devaneios volto a dormir.Aaaaaaaaa depois de muito tempo saiu capítulo novo, desculpa a demora e não desistam de mim. 💖
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Charllote
Teen Fiction"Namoral eu não acredito que comecei a gostar dele de novo" Isso só pode ser coisa do destino, mas nunca saberemos o que de fato irá acontecer. No começo você vai rir, depois vai chorar - não diga que eu não avisei.