Xiuminas

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Minseok saiu do escritório com o relógio apontando mais de meia noite.

Suspirou pesado, não imaginava que as negociações iam dar tanta dor de cabeça e esperava que as garotas tivessem ido dormir. Foi para o quarto delas pé ante pé e ficou mais aliviado vendo que as quatro dormiam espalhadas por lá.

Sorriu suave, como podia ter ficado tão ligado a elas em tão pouco tempo?

Seria sua necessidade e falta ou seria mesmo que assim como sentia, elas lhe completavam com um quebra cabeça perfeito?

Foi para a cozinha arrumar algo para comer e viu um pratinho coberto sobre a mesa com a palavra amo desenhada em catchup. Foi impossível não rir ainda que sem som para não acordar suas pets amáveis. Era uma salada de legumes com tofu e creme de ervilha.

Estava com cara ótima por falar nisso.

Minseok logo descobriu que além de cara ótima estava gostoso também e quando terminou de jantar foi para o banho se sentindo o cara mais sortudo da galáxia.

Tinha sua família perfeita, o que poderia desejar mais?

Demorou uma vida no banho porque se pegava distraído pensando onde levá-las no fim de semana para se divertirem e lembrou-se que elas ficaram mesmo interessada no leilão. Pegou seu celular e ligou para o dono da casa de DOMs de Xangai. O dono da franquia ali era seu amigo de anos e ele sabia que tinha essa liberdade embora nunca tivesse usado dela até agora.

— Mas ora ora que o todo recluso, poderoso e inalcançável Xiumin está me ligando! - Kim Heechul disse com sua voz meio irônica de sempre e com uma simpatia que era contagiante e que era sua marca eterna sobre o mundo dos negócios. Seok acabou sorrindo embora não gostasse do apelido de colégio – Como vai suas Xiuminas? Sabe que o guardião está esperando sua ligação, não sabe? Você só tem mais três dias para dar satisfação, homem, não me faça ter dor de cabeça com aquele carniceiro!

Minseok sorriu, sim, ele sabia das regras, mas não tinha culpa se queria aproveitar seus últimos segundos de paz antes de ter que fazer relatório da sua vida conjugal ao ceifador de donos da Asia. Aliás ele gostava do perigo:

— Minhas pets estão ótimas, não se preocupe. Aliás como conseguiu convencer o conselho a deixar você trazê-las para o leilão? Quem você teve que comprar, Chul?

Ele riu alto do outro lado e Seok se escorou na pia se olhando no espelho e vendo seu próprio olhar divertido sobre a situação. Estava agradecido? Sem dúvidas, mas sabia que era uma raridade pets saírem sem donos da Austrália.

— Quer a verdade ou a explicação formal?

— A verdade, se puder claro.

— Fiz um acordo com a rainha. Temos o mesmo objetivo no fim, casar os donos perdidos da Ásia decentemente, sabe como é, homens felizes no casamento rendem mais dinheiro para a causa. Temos muitos pets precisando de proteção e lar. Temos submissos que são pets e não sabem, temos babies em situação frágil e desumana e uma porcaria de mercado negro agindo como se fosse nós. Desmantelar essa rede criminosa demanda dinheiro e investimento, e eu conto com sua felicidade conjugal para doações substanciosas. Claro.

Minseok assentiu embora o outro não pudesse vê-lo, lógico. Ele era um homem de negócios, mas claro que como todos os donos e donas de bem queria aqueles criminosos pagando por seus crimes, só não sabia que Heechul estava envolvido diretamente na situação. Então arregalou os olhos:

— Você está dizendo que trouxe elas para mim? Por isso me infernizou para ir no leilão até com ameaças de me expulsar do clube?

Chul gargalhou e ele soube, era aquilo mesmo.

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