SEGURO MESMO?

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O lugar era bem grande e tinha bastante gente e de diferentes tipos: Crianças, adolescentes, idosos, adultos, grávidas, cadeirantes e muito mais. Tinha até gente vestidos de médico... IH, É MESMO. O HOSPITAL!!

-Senhor, preciso descer desse caminhão. Tenho que trabalhar!!- Falei para o guarda com os olhos arregalados.
-Deixa de ser tolo, garoto –Disse o guarda que aparentava ter a mesma idade que eu- As únicas pessoas que estão no hospital a essa hora, estão mortas. Vire para frente.

O guarda me ajudou a descer do caminhão e me levou até uma fila onde havia mais de 30 pessoas nela. Havia um senhor de idade (eu acho) sentado lá na frente e liberando as pessoas para que elas entrassem. Chegou a minha vez.

-Seu nome. –Disse o senhor
-Pra quê? –respondi.
-Diga logo o seu nome –respondeu o homem.
-Guthem –Eu não queria que eles tivessem meu nome completo naquele lugar que eu já estava começando a odiar.
-hum... nome diferente. Idade?
-Pra quê você quer saber a minha idade?

No mesmo momento que eu falei isso, senti algo na minha cabeça. Era um idiota de um guarda que colocou a arma na minha cabeça;

-Você quer mesmo que eu exploda seus miolos aqui na frente de todos?
-E quem vai fazer isso? Você? –Falei rindo
-Está duvidando de mim, rapaz?
-Eu? Jamais! –Falei com um tom de ironia
-QUER MESMO QUE EU ATIRE EM VOCÊ, SEU CIDADÃO DE MER...
-O QUE ESTÁ ACONTECENDO? –Uma voz masculina apareceu no meio da multidão.
-A princesa se estressou, ca... –olho com cara de espanto para o homem- Ricardo?

Ricardo era um ex namorado de Ana Paula. Ele arruinou a vida dela, mas não preciso entrar em detalhes.

-Guthemberg? -Falou Ricardo
-O que você está fazendo aqui, idiota? –falei com um tom de nojo
-Ora ora... Parece que você está na minha área. Sou o chefe daqui, idiota!
Ricardo se aproximou de meus ouvidos e falou:

-agora você está em minhas mãos –sussurrou

Ricardo olhou para o cara que anotava minhas informações e falou:
-Não precisa anotar nada. Frankie, tire ele dessa fila e leve ele para um quarto. Esse aí está em minhas mãos. 

Logo em seguida, o guarda me pegou pelos braços e me levou para um quarto. No quarto, havia um ventilador de teto e três camas (uma em cima da outra). Eu estava sozinho naquele quarto.

Já se passara 3 dias que eu estava naquele lugar. Até que eu estava sendo tratado como gente. Eu podia sair para se juntar com as outras pessoas (mesmo que eu não tenha falado com ninguém), traziam comida até nós, etc...
Lá fora, era segurança máxima. Mais de 200 guardas em segurança e toda hora chegava um caminhão trazendo cerca de 2 ou 3 pessoas. Eu estava pressentindo que aquele lugar seria um lugar pequeno com tanta gente chegando.
No meu 4° dia lá, eu estava deitado na cama de cima e por volta das 13:00h, um guarda levou uma menina até meu quarto. Será que ela seria minha nova companheira?
Ele a jogou lá e ela foi rapidamente para a cama d’baixo.

-Ei, você está bem? –falei descendo da cama de cima
-Estou- falou a menina colocando a mão na bochecha.
-Olhe para mim.

Quando ela olhou, meu coração bateu forte. Ela era linda, mesmo com um machucado no rosto. Era ruiva e tinha os olhos pretos que nem carvão. Seria ela a menina mais bonita?

-Deixa eu tratar você.
-Não precisa.
-Então tá. –(não sou muito insistente)- Como se chama?
-Alice, e você? –disse a menina dos olhos pretos.
-pode me chamar de Guthem.

Ouvimos um tiro fora do quarto e fomos correndo ver o que acontecera.

-NEM OUSE ENCOSTAR EM MIM, SEU VERME!

CULPA DA VACINA!!Onde histórias criam vida. Descubra agora