Quatro folhas

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O Valintine's Day, dia dos namorados canadense, alcançou-os nesse espírito de "dar e receber". Começaram a noite com os mimos convencionais. Sean presenteou a namorada com flores e ursinho de pelúcia com coraçãozinho no peito. Ela achou pouco criativo e meio cafona, mas, como foram dados com amor, também foram recebidos com afeto. Escolheram jantar na cantina italiana predileta da dupla.

Sean estava eufórico e apressado pelo que viria mais tarde, Marília estava com os hormônios em festa, pareciam aqueles gifs dos Minions alegrinhos. Comeram a sobremesa já se alisando por baixo da toalha da mesa em uma provocação mútua, como se isso fosse preciso. Conta paga, Sean resolveu alterar um pouco os planos.

— Amor, eu tinha planejado irmos dançar em outro local depois do jantar. Mas suas provocações estão abalando o meu lado romântico que está sendo soterrado por uma lava vulcânica incandescente. Você faz questão de ir dançar? — perguntou Sean com aquele olhar de cachorro pidão.

— Sabe, eu preciso te contar uma coisa. Além de ser péssima jogadora de vôlei, sou péssima dançarina. — respondeu Marília com um sorriso malicioso.

Sean levantou-se de forma tão rápida que quase derrubou a mesa.

Então, como o ensaio havia sido longo, já chegaram ao motel escolhido em agarramentos frenéticos e mãos "alisantes" e abusadas.

As roupas grossas e pesadas, por causa do frio lá fora, criaram leveza e se evaporaram como fumaça. Viram-se nus pela primeira vez. O ardor do desejo transformou os olhos dele em duas poças misteriosas onde Marília mergulhou em um salto destemido. Sean conferiu o calor dos trópicos na pele dela e descobriu que o real pode superar o fantasioso.

 Sean conferiu o calor dos trópicos na pele dela e descobriu que o real pode superar o fantasioso

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Naquela noite, dois continentes uniram-se para construir uma ponte unindo o físico e o espiritual, onde duas almas despiram-se de suas raízes culturais e apenas exercitaram a arte mais primitiva entre os povos.

E, claro, seguiram todas as recomendações chatas.

Na saída do motel, ao abrir a porta do carro para Marília, Sean percebeu uma folha de bordo se despregar da maçaneta e escorregar para o chão. Ele se abaixou, recolheu-a e entregou-a para Marília.

—Tome. Sua quarta folha da sorte.



O que acharam desse encontro de dois continentes?


Help: uma moça em apuros (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora