The smartest in the room

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CHEGUEI PORRA UHUUUUUU

O capítulo de hoje sugou minha energia, mas isso vocês só vão descobrir lendo kkkk

Beijo anjinhos, aproveitem ❤️

(sim, o título do capítulo é uma referência a Hamilton, musical também conhecido como aclamação mundial)

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   O falatório que se insataurava no fórum só contribuía para que Otabek não conseguisse se concentrar plenamente. Olhava para o copo de água que segurava de forma firme em suas mãos. Só se sentiu nervoso daquele jeito em seus primeiros tribunais, mas já fazia mais de 5 anos que exercia sua profissão, e aquela insegurança já deveria ter sumido.

  — Já está na hora? — Elizabeth perguntou, e pode reparar que sua cliente estava tão nervosa quanto ele. Suas olheiras, ainda que cobertas por maquiagem, pareciam mais profundas, e podia ver que suas pernas tremiam levemente.

  — Quase, só temos que esperar até nos chamarem — Informou, tentando sorrir para a ômega na tentativa de tranquilizá-la.

  Yuri havia insistido em acompanhá-lo no julgamento e já estava dentro da sala do tribunal. Não gostou muita da ideia de seu marido grávido estar no meio daquele ambiente, principalmente no mesmo lugar daquele alpha sórdido que queria mandar para a cadeia. No entanto, o russo era teimoso e Otabek acabou cedendo.

  — Olá, doutor Altin — Uma voz animada e familiar o chamou.

  — O que estão fazendo aqui? — Perguntou para Jean e Isabella.

  — A gente veio assistir o julgamento, ora — A alpha respondeu. — Você ficou tão empenhado trabalhando nesse caso que nós não poderíamos perder.

 Otabek sorriu pequeno, tinha dois ótimos melhores amigos.

 — Obrigado, mas acho melhor vocês já irem entrando. Ah, e podem se sentar do lado do Yuri, por favor? Não queria que ele ficasse sozinho ali — Pediu, vendo o casal se encarar e dar de ombros.

 — É claro — Jean concordou, estendendo a mão para o cazaque. — Boa sorte.

  Apertaram as mãos enquanto Isabella dava um abraço reconfortante em Elizabeth. A alpha era uma criminalista experiente e sabia bem como lidar com clientes nervosos.

  Alguns minutos depois, foram chamados para comparecer à sala do tribunal. Viu a ômega respirar fundo e acenar com a cabeça, indicando que estava pronta. Andaram através do local e se sentaram em seus respectivos assentos. Havia uma quantidade considerável de pessoas assistindo, o que não era surpresa, considerando que o réu fazia parte da elite da cidade.

  Viu Yuri sorrir para si e dar um pequeno aceno, e retribuiu o gesto. Apesar de tudo, sentia-se mais confiante com ele ali.

  — Que entre o réu — A juíza, uma beta por volta de 40 anos, anunciou.

  A porta do tribunal foi aberta novamente, entrando dois homens. Conhecia bem o advogado de defesa, pois já tivera o desprazer de cruzar com ele pelo fórum outras vezes. Era conhecido por sua característica particular de sempre defender criminosos ardilosos, e por seu visível desprezo aos ômegas. Ao seu lado, seu cliente caminhava bem vestido e com um sorriso irônico no rosto, como se já considerasse aquela batalha ganha.

  Acabou cerrando os punhos inconscientemente. Às vezes, ter de manter a ética era um trabalho bem difícil. Os dois alphas sentaram-se no lado oposto.

  — Estamos aqui para tratar o caso de violência doméstica registrado pela senhora Elizabeth James contra seu marido Frederich James. O crime de violência doméstica cometido contra ômegas é apresentado no Código Penal como um delito grave e com a pena inafiançável em certos casos — A juíza continuou com o protocolo padrão. — Com a palavra, o advogado de acusação: doutor Otabek Altin.

Algo maior do que nós doisOnde histórias criam vida. Descubra agora