Capitulo IV - Em seus braços.

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Kyungsoo

Dormir em um lugar diferente de minha casa era estranho, desde o falecimento de minha mãe me privei de muitas coisas uma delas era sair de minha antiga casa por períodos longos de tempo, não tinha mas este costume, porém Kim Jongin me mostrou que estava ali para me proteger, independente do que nossa relação fosse nos levar, meu corpo queria Kim Jongin, minha mente desejava receber mais de sua atenção, talvez minha carência tenha me levado a deixar a mente me iludir.

Quando ele entrou por aquela porta na sala de música jurei que ele me mandaria sair e talvez gritasse, mas ele não fez, ao contrário do que imaginava ganhei o que precisava a tanto tempo, um abraço. Os braços de Jongin pareciam ter sido feitos para encaixar-se em meu corpo, uma forma tão simples de afeto que sem dúvidas jamais seria esquecido por mim. Seus dedos acariciaram meus fios meus dedos, ele era quente. Dizem que alfas tem um gene forte e difícil, talvez Jongin não fosse como os outros, pelo menos não deixava transparecer isso em seus atos comigo.

Ser deixado por meu pai naquela casa naquela noite me pareceu tão bom, a muito tempo não me sentia seguro das mãos dele e dos olhares da piranha de minha madrasta. Sra. Kim parecia feliz em ter minha presença na casa, ele ficou boa parte do resto da noite falando que não via a hora do casamento, ela deixou bem claro que minhas escolhas seriam todos ouvidas, ainda que não fosse do jeito que eu queria, me casar parecia um opção viável, meu marido parecia ser uma pessoa boa, sua família também, os pôs estavam melhor que os contra.

Escutar ele me chamando de "Soo" soou tão espontâneo e doce, se fosse outra pessoa não teria o mesmo impacto que ele teve, sua voz era mais doce quando me chamava assim, queria minha vida feita de mais momentos como este.

Após a noite agitada Sra. Kim me levou até o quarto de hospedes, seria estranho dizer que estava com medo? Que talvez eu quisesse dormir nos braços de Jongin? Por mais estranho que parece eu queria ele, poder me aconchegar nos braços dele e sentir seu cheiro amadeirado com hortelã, mas apenas ficaria na vontade. Jongin teve que ir ate o escritório resolver algumas coisas e acabei indo para o quarto de hospedes na campainha de Sehun, o irmão de Jongin era uma figura, mesmo sendo mais velho que eu, sua personalidade infantil era cativante.

- Kyungnnie, posso te chamar assim? Certo? Meu irmão parece ter gostado mesmo de voce logo de cara – Sehun se jogou na cama enquanto eu continuei parado observando o quarto, era delicado como a mãe deles – Hey estou falando com você.

- Desculpe, você acha que seu irmão gosta de mim? Mas nem ao menos nos conhecemos... – abaixo minha cabeça um pouco mais enquanto olho para meus pés.

- Aish Kyungnnie, Jongin gostou sim de você. Meu irmão não é muito receptivo com pessoas fora da empresa, tudo é sempre pelos negócios, já com você não foi assim. Quando ele soube da cláusula do contrato sobre as consequências da quebra do mesmo ele não pensou duas vezes em aceitar, meu irmão as vezes é mimado mas isso é comum, mas ele é a melhor pessoa que eu conheço no muno. Então se um dia ele dizer que gosta de você nunca duvide – ele sorrio vindo até mim abraçando meu corpo – Você agora é como meu irmão também... Kyungsoo...

Abraçar Sehun era bom também, seu cheiro não era como o de Jongin, porem chegava a ser tão bom quanto, minha carência parecia sempre falar mais alto, acabei por abraçar de volta rodeando meus braços em sal cintura apertando mais ao meu corpo. Porem senti o cheiro dele... afastei o corpo de Sehun ficando corado, Jongin estava ali, não precisava me virar pois podia muito bem sentir seus olhos queimando minhas costas.

- Jonginnie, Kyungsoo está com medo de dormir sozinho, eu me ofereci mas parece que ele fico meio sem jeito em deitar comigo sendo que é seu futuro marido – não sei ao certo se meu rosto podia estar mais vermelho, Sehun era um idiota, mas um idiota bom!

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