O médico depois lhe explicou que seu filho nasceu com um distúrbio epidérmico muito raro. A camada de minha pele tenha apresentar um tipo de alergia parecido com um veneno de uma rosa, quando eu apresentasse sintomas de medo aparecia espinhos na minha pele, elas eram agudas. O motivo da minha mãe morrer no parto foi que eu fiquei com muito medo e os espinhos apareceram dentro do útero, fazendo tocar nos órgãos e... vocês já sabem o que aconteceu.
E o médico ainda continuou falando. Ninguém iria poder me tocar, se tocassem morreriam de sintomas muitos graves.
— então o senhor está me dizendo que meu filho também vai morrer com o seu próprio veneno?
— não, eu não disse isso senhor. O corpo dele sabe que isso faz parte do próprio organismo então, não irá matar-lo. Mas as pessoas que convivem com ele ao redor não terá a mesma forma.
— então porque no ultrassom nunca mostrou algo desse distúrbio?
— Isso apresenta diversas formas. Essa doença não acostuma se manifestar dentro da gestação, só fora dela. Como o caso é raro não estudei muito sobre essa parte na época da faculdade, mas eu posso garantir que a criança pode viver como uma comum, só não pode encostar. Mesmo com sua você e a sua esposa ter chegando antes, ela não iria sobreviver da mesma forma. Sinto muito.
Aquelas duas palavras sinto muito que o médico disse, não fazia sentido para o meu pai. Ele não sabia o que sentia, se era a dor de uma perda, mas pensar que salvou outra vida, ahh papai ficou feliz.
Ele nunca teve receio ou preconceito por eu ser "diferente", ele me tratou como uma criança comum, só a forma do contato que não havia ali.
Naquele dia, papai foi até a mesa onde mamãe estava, para se despedir, já que ele teria um filho para cuidar com amor e carinho, e isso é um novo passo em sua vida. "eu te amo, descanse em paz myung"
Depois foi direto a maternidade, onde me viu pela primeira vez.
Ele queria me odiar por mais eu tenha matado a pessoa ele mais amava. Ele colocou razão que jamais soube explicar, mas ele me amou como um pai deveria a amar.A vida é uma coleção de momentos, que juntos, formam um livro.
Cada pessoa divide as páginas e os capítulos como quer e decide se sua história será feliz.O primeiro capítulo do meu livro foram preenchidos com bons momentos na maioria da página. Eu tinha 8 anos e eu ainda era muito pequeno para compreender a dor e o peso de ser diferente de todo mundo. Não me importava se eu era bonito ou feio e muita das vezes eu não me questionava certas coisas.
Papai me preparou muito bem para ver o mundo como apresentaria para mim. Assim que eu aprendi a falar e ele me explicava constantemente que eu não podia tocar nas pessoas e nem nos animais, que deveria sempre manter uma distância segura.
Sempre que ele dava o motivo ele respondia "porque você especial Park Jimin você é um menino especial".
E, naquela época, eu abri um sorriso e achava graça da explicação. Isso me bastava.Papai me levava o parquinho e, quando eu vi as outras crianças corria feliz para fazer amizade com elas sempre respeitando a regrinha do "não tocar"
O problema é que elas surgiam de mim corriam até mesmo choravam.
Demorou muito para eu compreender que causava medo e repulsa e que ninguém queria ser o meu amigo.Como passar dos anos acabei me cansando de amizade unicamente de papai, apesar de ser maravilhoso e compreensivo e não me dê forças para me fazer feliz.
Cansei da falta de abraços de um beijo na testa e de carinhos na cabeça. Ele jamais viriam.
as explicações também já não era mais suficiente, e eu me sentia distante do mundo como se vivesse no interior de uma redoma de vidro.
sempre tinha aquelas mesmas perguntas:—me dá um abraço papai
passei a perguntar com frequência quando eu tinha 6 anos.— você sabe que eu não posso, filho.
E tinha outras, que já faziam parte do meu dia a dia.
— por que as outras crianças têm pele tão lisa?
— porque elas não têm essa doença rara como eu?
— porque eu não posso deixar que se aproximem, mesmo?
— porque minha mãe não está aqui?
— ela poderia me dar um abraço?
— o que é veneno, papai?
— porque eu não tenho amigos?
— porque eu tenho que ir tantas ou consultas médicas?
As perguntas, eram infinitas e papai nunca se recusava ou se cansava de responder.
Tive sorte de ter um pai amoroso e não ter preconceito com o seu próprio filho.Talvez a menos uma pessoa compreensiva achasse um fardo pesado, demais ter um filho como eu estivesse me deixado em alguma esquina qualquer, ou então fugido até mesmo do país.
Mas meu pai acima de tudo amava como eu era isso me deu forças, para crescer felizes mesmo não compreendendo muitas as respostas, que ele me dava as minhas perguntas eu aceitava, que é diferente e que sempre seria assim.
Devo isso tudo a ele.
Park Yong fazia minhas próprias roupas pois, quando eu acordava as bolhas que tinha veneno estouravam quando eu dormia, e manchava as minhas roupas comuns que usava no dia a dia, então ele fazia peça por peça, para não manchar. Tinha que lavar todos os dias as roupas que sujavam.
Sapatos, eu sempre andava de tênis, eram confortáveis e não machucavam as bolhas ou irritavam a pele.Os anos foram passando eu fui desbroxando sem nem perceber.
Não tinha uma família grande mas tinha o melhor companheiro que um garoto poderia ter. Não tinha amigos mas passava horas e mais horas na companhia de linhas agulhas tecidos e nada mais ou menos desenhos.
Os anos foram passando, e eu aprendi a cozinhar um pouco gostava de cozinhar o jantar para quando o papai chegar cedo do trabalho.
Os anos seguiam as minhas pétalas foram se abrindo.Aprendi a viver com dor minha pele irritada, e isso me estressava.
as páginas iniciais da minha vida foram bastante coloridas e alegres — considerando todas as dificuldades.— e hoje vejo que quando eu leio, meu próprio livro, da vida que papai me deu de uma infância muito feliz.Altruísmo é o nome disso.
Ele deixou a própria dor de lado para me fazer feliz.
continua...
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Estamos de capa nova itiii
Eu estou tão animada com a fanfic, espero que estejam gostando real. É isto até o próximo capítulo.
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altruísmo • jikook [ HIATUS ]
FanficAno 1995. Eu nasci diferente nessa data. Dentro do corpo tinha com veneno dentro do meu organismo. Como uma doença rara. Ninguém poderia me tocar, se tocassem elas morreriam como a mamãe. Se irritasse me dê alguma forma eu prejudicaria pessoas. Ela...