QUADRILHA VINTE E 1

curiosidades

foi escrito para uma atividade em sala na faculdade e era necessário manter os 3 primeiros versos e, usando os mesmos personagens, poderia falar de qualquer coisa que retratasse o século vinte e um. escrevi tudo certo e coloquei tudo o que achei relevante na primeira vez: bissexualidade, gravidez imprudente e o "desparecimento do pai", racismo, feminismo, consumo desacerbado de drogas e overdose e depressão.

em casa, no dia seguinte a atividade, mostrei para minha mãe e disse que achei excelente a atividade e estava ansioso para postá-la. então, minha mãe com sua criatividade, propôs-me a fazer mudanças nos primeiros versos e incluir poliamor, feminicídio e bipolaridade. e pediu-me para colocar o nome dela junto, devido por ter me dado uns toques. concordei e iria fazer isto sem ela ter me pedido.

o título eu mantive e nele a poesia começa: por vivermos em uma década de rapidez e falta de tempo coloquei tudo junto (sem espaço) e minúsculo para mostrar que não temos tempo para se importar com isso e precisamos nos comunicar, mas é uma crítica, uma vez que eu sou a favor de aproveitarmos o agora e de termos tempo para cada coisa. o numeral é só por estilo. nos primeiros versos inseri o poliamor ("Lili amava todos"); depois a bissexualidade; após isso, a gravidez indesejada, o pai irresponsável e a depressão pós-parto; racismo; veio o feminismo e quase feminicídio; overdose; e, por fim, desordem mental: depressão, ansiedade e bipolaridade misturados nos penúltimo e último versos.

outra coisa que eu quis é tornar o texto sinistro, com a finalidade de deixar cada leitor desconfortável, por isso que eu coloquei alguns detalhes a mais. quis deixar um horror e até mesmo um suspense na áurea deste poema. mas não é assim a vida?

mas o que eu realmente quero é que cada leitor tenha sua própria interpretação, o que é o mais interessante da arte, apesar de ter deixado as razões de cada verso. pois o que eu quero também é que cada uma tenha liberdade para achar o que quiser do que quiser.

cada um tem voz, basta saber usar.