Capítulo 1

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This is a translation of Benasdasdorvien 's fanfiction.

POV do Kong

269. É isso. Apenas mais 269 dias antes que essa tortura oficialmente acabe. Mais 269 dias é tudo que eu tenho que aguentar. 269 dias para tentar não arrancar meus lustrosos, lindos cabelos. Mais 269 dias de não planejar a morte brutal de uma pessoal em particular. Mais 269 dias antes que eu possa finalmente parar de fantasiar sobre pianos perdidos caindo do céu bem em cima dele.

Oh Deus, eu não vou mesmo sobreviver mais 269 dias.

Me deixe começar no início da minha chorosa história. Mas esteja preparado, é definitivamente um dramalhão. Um pouco mais de dois anos atrás com o meu nítido, chique novo diploma fresco da impressora eu me juntei a empresa do meu pai no departamento de finanças em um cargo de nível de iniciação bem determinado a provar o meu valor antes de subir a escada corporativa. O que durou três semanas. Porque então eu tive meu primeiro encontro com ele.

O chefe da produção de design e do time de desenvolvimento e em geral a estrela da nossa empresa. E desde que ninguém do meu departamento nunca quis contar a superestrela sobre os restrições de orçamento, eles alegremente mandaram o novato filho do CEO direto para boca do leão. Por agora dois anos direto nós temos constantemente batido cabeça e eu tenho basicamente exaurido meu abastecimento de xingamentos que eu posso murmurar na direção dele. De fato nos finais de semana eu decidi na verdade aprender xingamentos em línguas diferentes. Mas não existem palavras e muito menos línguas o suficiente neste planeta para descrever a pura maldade que exala dele.

Onde eu estava? Sim, dois anos de reuniões de tortura semanal com ele onde o Sr. Einstein viria com uma proposta insana e eu o novato seria deixado para lidar com ele. E então três meses atrás alguém decidiu que o pesadelo que eu vivia durante uma hora toda semana simplesmente não era o suficiente, e que alguém do departamento financeiro precisava mudar para o desenvolvimento de produção por um ano enquanto o novo produto estava sendo fabricado. O que é ainda mais inacreditável é que minha melhor amiga May na realidade se voluntariou para mudar de departamento comigo. Voluntariou. Você consegue imaginar o quão insano isso soa? Agora eu não tenho que controlar minha intensa raiva uma hora as sextas pela manhã. Eu tenho que fazer isso todos os malditos dias. Todo maldito tempo. E o chamar de chefe no processo.

Mais 269 malditos dias antes de finalmente alcançarmos o prazo.

Eu deveria ter sabido que esse ano não seria fácil, mas eu não esperava que 13 semanas depois eu já teria um calendário enorme colado no meu quarto, religiosamente riscando um dia após o outro. Eu deveria ter adivinhado no entanto, quando no minuto que eu pisei no departamento e ele me cumprimentou com um enorme ofuscante sorriso, segurando um grande rolo de fita adesiva amarela que imediatamente me fez ter calafrios na espinha. Mau puro, eu te digo.

Aparentemente, no canto do andar de produção estava a preciosa máquina de desenvolvimento de protótipos dele que ninguém foi autorizado a chegar perto sem a permissão dele. Então como um presente de boas vindas para mim ele fez uma grande barreira amarela de 1 metro ao redor da máquina e se qualquer um a cruza mesmo que sem querer recebe uma punição não muito boa dele. E então bem galantemente ele colocou minha mesa a exatamente 1 metro e meio longe. O que significa que pelo menos 5 vezes no dia por três meses ele tem gritado através do cômodo toda vez que até mesmo meus dedinhos cruzam aquela, fudida, estúpida, fita adesiva amarela.

E eu juro que ele fica acordado todas as noites para pensar em novas "punições" para mim. Como uma vez que ele me fez comprar café para todo o departamento, como pedidos especiais de cada um deles. Exitem 83 malditas pessoas nesse maldito departamento. Ou como dessa vez que ele me baniu de usar a calculadora o dia inteiro. Eu tive tantos números na minha cabeça aquele dia que eu juro que estava murmurando longas contas de divisão enquanto dormia. E isso sem falar no número de vezes que eu precisei ficar muito mais que o horário razoável para realmente cuidar do trabalho que eu sou pago para fazer.

Eu realmente desejo que essa fosse a extensão da tortura dele. De fato quanto mais eu o desafio mais trivial ele fica. Por exemplo, ontem ele mudou o refil de tinta de todas as minhas canetas para uma rosa com glitter. Sem problemas. Todas as rejeições de orçamento dele agora parecem bem fofas.

Mas qual é, eu sou a porra de um homem crescido. Ele é a porra de um homem crescido. Eu não deveria ter que passar por esse bullying apenas porque alguém decidiu cimentar o desgosto dele por mim por nenhuma razão óbvia. Claro que eu nego a ele quase todo o dinheiro que ele pede, mas esse é o meu maldito trabalho. E em qualquer outra situação normal eu marcharia direto para o chefe dele reclamando sobre o abuso de poder descarado. Exceto que o chefe dele acontece de ser também o meu pai. Então eu não acredito que essa jogada vai ter muito peso, especialmente quando em todo jantar que eu sento com meu pai desde anos atrás tem meu pai cantando elogios sem parar sobre ele. E eu aqui costumava idolatrar meu pai pensando que ele tinha uma percepção brilhante sobre a vida. No final das contas ele é apenas um terrível, terrível julgador de caráter. Na verdade, também é o resto da empresa. Eu juro, a maioria deles precisa ter suas mentes examinadas.

Eu deixo escapar um suspiro exagerado enquanto fecho o último arquivo do dia. Mais 268 dias pela frente. Eu consigo fazer isso. Eu consigo sobreviver. Elas são todas inofensivas, irritantes pegadinhas. Nada pra se ficar furioso. Se ele quer ser infantil então isso é problema dele. Eu vou ser o adulto. E fazer contagem regressiva para 268 com todas as minhas forças.

Era quase 23 quando eu finalmente levantei da minha cadeira e pulei sobre a minha mesa, desde que esse era praticamente o único jeito de evitar pisar em cima da fronteira amarela e caminhei em direção a saída onde ele ainda estava sentado estudando atentamente alguns papéis. A última alma oscilante nesse andar deserto.

"Já esta indo embora?"

"Sim."

"Tenha uma boa noite então."

Eu apenas bufei em resposta ao sorriso aberto dele, o que foi longe de ser agradável. Boa noite o cacete. Eu não consigo lembrar a última noite que não foi remotamente miserável desde que ele entrou na minha vida. Ignore isso Kong. Simplesmente ignore tudo isso. Não fique nervoso. Não é bom para sua saúde.

Eu caminhei forçadamente para minha moto, agradecendo aos céus que hoje era sexta-feira e pelo menos eu não teria que ver a cara dele por pelo menos mais dois dias. Tudo o que eu precisava pensava pensar era qual língua eu queria explorar esse fim de semana. Então eu distraidamente peguei meu capacete e coloquei na minha cabeça quando de repente senti a fria, molhada, papa sobre toda a minha cabeça e os lados do meu rosto. Eu fiquei momentaneamente chocado com a sensação alienígena antes do ketchup no meu capacete lentamente começar a descer no meu rosto e pescoço.

Essa porra é o suficiente!

Chega de Sr. Cara Legal. Se é guerra que ele quer então isso é exatamente o que ele vai ter. Já ta mais que na hora dele perceber que mexeu com o homem errado. Que os jogos comecem.

The Thin Line (PT-BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora