A babá e a governanta

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Chuuya estava fugindo da polícia por pequenos furtos, pequenos? Na verdade grandes mesmo, ele assaltou o banco central. Agora precisava de um disfarce convincente para fugir da polícia, ao que se lembrou de uma loja de roupas de carnaval e foi até lá para comprar.

- de preso? Nem pensar

Policial? Hum...não

Viu umas roupas de empregada e resolveu experimentar para ver como ficava, indo até o provador.

Mori estava na mesma loja de fantasia

Ele estava fazendo compra de fantasias mistas, com olheiras tão escuras como se tivesse passado carvão, ele estava tendo problemas na creche.

- De sapo para Yumeno.....de Bruxa para Kyouka....De guitarrista para Kenji....De Cinderela para Elise.... e de Hambúrguer para Aya
É isso? É isso

Ele já havia enlouquecido
Estava trocando os gostos de seus próprios filhos e comprando fantasias que talvez eles odiassem, mas era somente o que ele lembrava.

- Para os brigadeiros....Aspargo?
Mas aqui é de fantasias....Mori imbecil

Ele bateu na própria testa, indo até o depósito da loja e comprou um pacote de máscaras de Zumbi, indo até o caixa pagar.

- Perfeito

Chuuya viu um homem parecendo muito confuso ir até o caixa cheio de fantasias estranhas e foi até lá, já com sua fantasia de empregada, logo ele deveria agir como uma garota, afinou a voz e fez aquela pose que um certo alguém lhe ensinara em certa ocasião.

- com licença, vejo que está com problemas

São pra seus sobrinhos?

- São para meus filhos...

Mori olhou de cima a baixo para aquela "garota" com vestes de empregada.

- Você é empregada? Se sim, tem algum trabalho?

Mori percebeu suas vestes e já estava se jogando, ele não conseguia cuidar dos pequenos monstrinhos só.

Chuuya já ia dizer que não quando pensou melhor, era uma oportunidade de se esconder da polícia, mesmo que tivesse que bancar a governanta da casa.

- eu trabalho como governanta, mas no momento estou desempregada

Sorriu falso olhando o homem que apesar de cheio de filhos era bonito e bem afeiçoado.

- Você deseja um trabalho?
Por favor....eu pago bem

Mori quase implorava para "aquela" "mulher" aceitar o trabalho.

Dazai estava na loja, dentro do provador de roupa, experimentando algumas fantasias para uma festa que iria fazer.
Ele se escondeu ali por permanecer sendo perseguido pela polícia, o que ele não sabia era que trocaram suas roupas, e ele estava com uma roupa de empregada.
Ele saiu lentamente até o caixa, sem fazer idéia do que vestia, olhando Chuuya e se segurando para não rir.

- .....

- um trabalho, bem eu....

O ruivo se virou vendo Dazai rindo da sua cara, ele conhecia aquele bandidinho, mas porque estava rindo se ele estava na mesma situação, Chuu fez um sinal de levantar a sobrancelha como se conversasse com o outro dessa forma e perguntasse "porque tá rindo? Olha pra você".

Havia um jornal acima do balcão da loja, nele a notícia que o herdeiro de uma família nobre estava muito doente e procurava uma governanta para cuidar de si.

Dazai já havia preparado uma resposta, quando leu o anúncio.
Ele olhou para Chuuya como se dissesse: "Perdeu trouxa", logo saiu correndo apresadamente até o local, segurando o jornal e saiu com a roupa mesmo, mas havia deixado uma merreca no caixa para "pagar".

Mori não entendeu a frase que Chuuya queria dizer, por isso o olhou novamente.

- Por favor..um período de teste

- eu aceito

Se Dazai poderia fazer isso, ele também podia.

Tocou seu bolso para pagar a fantasia, mas estava vazio, já pensou em dar calote, vendo a moça xingar o que saiu antes pelas merrecas que deixou como pagamento do que levou.

- é....aceita ticket refeição?

Mori apalpou os bolsos, passando seu cartão de crédito pagando ambas as roupas.
Ele saiu lentamente e entrou no carro, esperando que Chuuya entrasse em seguida.

- Vamos, então?

Dazai tocou a campainha, com o queixo escancarado devido o tamanho da mansão

- :O

Chuuya sorriu ao ver a cara da moça e saiu batendo os sapatos no piso barulhento, foi até o carro e entrou segurando o vestido, se sentando como uma madame.

- belo carro você tem

O mordomo de Akutagawa abriu a porta e achou que fosse uma pedinte já mandando embora.

- não temos sopa hoje, só nas quartas

Mori balançou a cabeça agradecendo, pisando no acelerador em direção ao bairro nobre da cidade, estacionando na sua garagem e descendo lentamente, segurando as coisas.

- Vamos?

Dazai estreitou uma sombracelha, olhando aquele mordomo.

- Eu vou ma......eu sou uma pobre garota que vim em busca do emprego de governante ;---;
Somente senhor

Chuuya desceu olhando meio nervoso para o portão, não sabia que tipo de crianças eram, mas não iria desistir agora, andou seguindo o homem que carregava suas coisas.

- governanta

O mordomo a corrigiu.

- entre e cuidado para não quebrar nada

Vou anunciar ao senhor Akutagawa que viera pelo anúncio.

O disfarce dos CondenadosOnde histórias criam vida. Descubra agora