Que relação é essa?

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Akutagawa acordou e foi até a sacada para respirar um pouco de ar puro, se sentia um pouco melhor, mas estava descalço, o que não faria bem a sua saúde frágil.

Dazai estava na sala, varrendo lentamente devido a poeira trazida pelo vento.

Mori: - Rainha eles só tratavam sua falecida mãe

Mori o olhou de cima a baixo, tentando chegar em um consenso com "a ruiva".

Chuuya: - entendo, é uma pena que não possamos nos entender, então se me dá licença, preciso fazer uma ligação para a agência de empregos, conseguir um emprego novo

Akutagawa desceu as escadas descalço e acabou escorregando em um degrau.

- aaah!! Droga....

Dazai saiu andando até Akutagawa, o olhando.

Dazai: - você está bem, senhor?

Mori: - Tem certeza que não irá aceitar?
Eu te pago o dobro

Mori a olhava, ainda com uma gotinha de esperança

Chuuya o seguiu imaginando que o silêncio da casa se devia ao fato de ser tarde e as crianças já deveriam estar dormindo, mas ainda assim achou estanho o pai ter saído e as deixado sozinhas.

Chuuya: - você os deixou sós para ir me buscar?

Akutagawa ficou meio relutante a princípio, sendo ajudado pela "moça".

- você não deveria estar fazendo isso.

Dazai: - porquê não, senhor?

Dazai ficou meio confuso pela relutância do patrão.

Mori:  - Eles estavam assistindo, nem perceberam

Ele colocou umas sacolas sobre a mesa, fechando a garagem lentamente.

Chuuya assentiu entrando na casa novamente.

Chuuya: - bem, você não me disse como a mãe deles....ela morreu?

Chuuya tirou os calçados e calçou uns chinelos de casa como de costume, indo até a sala para se sentir, já que o caminho fora meio longo.

Mori: - Sim, logo após o nascimento do mais novo
Não se sabe ao certo, disseram que o corpo havia entrado em processo de exaustão

Mori foi até a cozinha preparar um café para eles dois.

  Chuuya permaneceu "sentada", pensando no fato.

Chuuya: - deve ter sido duro para eles crescer sem mãe...agora sei porque elas são duros com figuras femininas que entram em sua casa...

Mori: - É, exato
Acham que ninguém tem o direito de substituir aquele lugar que ela tinha

O médico voltou entregando uma das xícaras para Chuuya.

Chuuya: - obrigada

Chuuya segurou pelo pires e levou a xícara até os lábios bebendo o conteúdo com cuidado por estar quente ainda.

Chuuya: - e como poderei mudar essa visão deles? Você tem alguma idéia, Mori-san?

Akutagawa pendorou um pouco antes de prosseguir suas palavras para responder a "moça".

Akutagawa: - bem, não sou machista, longe de mim, não sou muito fã deles
Mas, como alguém delicada como você vai sair me carregando pela casa?
Penso se não seria melhor contratar um enfermeiro para lhe ajudar

Disse o moreno sentado no sofá, apoiado a bengala.

- Não precisa
Eu mesma posso te carregar, eu sou forte

"Ela" fez uma pose se achando, depositando o seu patrão em sua cama.

Dazai: - está tudo bem com você? Precisa de algo?

Mori: - Não sei
Acho que...sendo lúdica, dinâmica
Elas vão se interessar e gostar de você

Mori tomou um pouco do café devagar, limpando a boca.

Akutagawa: - me sinto uma criança frágil....

Akutagawa relutou sentindo "ela" o colocar em sua cama, percebendo que "a moça" era até fortinha demais para uma mulher.

- mas admito, você é forte
Maldito médico ...maldita receita....

Chuuya assentiu novamente, bebendo mais um gole de seu chá e depositou a xícara sobre a mesa.

Chuuya: - é...vamos tentar isso...

Já tendo uma idéia de como iria fazer.

Dazai: - Ei!
Cuidado como trata os médicos, é graças a esse que você ainda está vivo.

"Ela" sabia a quem Akutagawa estava se referindo, só existia esse nessa cidade pequena, pelo menos esse era o mais reconhecido.

Dazai: - Irei procurá-lo e falar sobre essas receitas
E por que uma criança frágil?

Akutagawa estranhou um pouco a forma que "a governanta" falou consigo e a olhou feio.

Akutagawa: - algum problema? Porque defende alguém que não conhece e me enfrenta dessa forma? Ou conhece?
Se diz que irá procurar por ele, então sabe onde ele mora

Mori olhou para o relógio e em seguida para sua maleta.

Mori: - meu trabalho vai começar
Posso deixar com você a missão de cuidar deles?

Chuuya fez que sim com a cabeça e sorriu "simpática" para seu patrão.

Chuuya: - claro. Deixe comigo

Akutagawa: - Por conta das receitas dele tenho me sentido mais fraco do que nunca, ele só receita essas lavagens

Dazai puxou a gola de seu vestido, pigarreando.

Dazai: - Er, não conheço o médico, apenas deve ser por nome..

Akutagawa escutava tudo olhando para o relógio de parede algumas vezes.

Mori sorriu e entrou no carro, indo em direção ao hospital devagar.

Akutagawa: - hum, está quase na hora da consulta
Talvez vocês se encontrem por aqui

Dazai batia os dedos na cômoda, estava prevendo que seria reconhecido pelo seu mestre.

Mori chegou até a gigantesca cada, tocando a campainha.

Akutagawa: - Pontual

  Akutagawa olhou para "ela" e depois para a porta apoiando o dedo no queixo.

Akutagawa: - não vai abrir?

Por algum motivo ele prescentiu que sua governanta lhe escondia algo.

Qual a relação Mori e Dazai?

Será que Akutagawa irá descobrir que Dazai não é uma governanta e ainda por cima é homem?

O disfarce dos CondenadosOnde histórias criam vida. Descubra agora