CAP 23 - Um dia irônico de emoções

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O dia estava lindo com uma chuva suave que caía e proporcionava um ar fresco o céu acinzentado acentuava a cor das flores nos ipês que ladeavam a rua. O asfalto estava repleto de folhas que se precipitavam das árvores. As águas escorriam em pequenas correntezas para as galerias, enquanto um homem andava encolhido, de modo a se molhar minimamente, entrou no seu carro.

Ao adentrar no veículo olhou para o banco do carona que estava vazio suspirou pesadamente, pois, tentava compreender que a mãe de seu filho tinha as suas razões para desconfiar de Snoke, no entanto, não poderia se precipitar tinha que averiguar toda essa história, para ser o mais imparcial possível, pois, o velho advogado era o seu mentor desde sua formatura, não queria ser injusto.

Deu a partida no motor que roncou suavemente e deslizou devagar rumo ao escritório de advocacia, havia passado dias afastados de suas atividades, bufou ao se lembrar que teria que encarar o ignóbil colega de trabalho. Precisava ser frio para conseguir investigar e apurar os fatos e, quando fizesse isso e conseguisse provar o envolvimento do engomadinho, ninguém iria livrar a cara de Hux, ao pensar nisso apertou mais os dedos no volante até que os nós das falanges ficarem esbranquiçados.

Ao adentrar no prédio sentiu uma onda de raiva se apossar do seu ser algo que o deixava alerta a cada pormenor que se desenvolvia a sua frente. Se aproximou da mesa de sua assistente.

— Bom dia! Alguma novidade?

A mulher o fitou um tanto admirada e confusa, não sabia por onde começar, pois, tinha passado muitos dias de trabalho acumulado, pensava por onde iniciar. Pigarreou.

— Bom dia, Dr. Solo. — Juntava o material que ele precisava conferir e assinar, levantou a cabeça. — Tem alguns documentos urgentes para serem assinados, outros nem tanto. — Ficou apreensiva ao prosseguir. — Tem um recado do Dr. Snoke, pediu que assim que o visse o informasse que deseja vê-lo. — Ben anuiu.

— Snoke já chegou?

— Não.

— Avise quando chegar, enquanto me organizo. — Sorriu minimamente.

A secretária devolveu o gesto inusitado do advogado, de fato todos os anos que trabalhava ali nunca viu o homem tão calmo, e pensou consigo "realmente algo mudou nele" balançou a cabeça voltando para suas atividades com a finalidade de cumprir a agenda de Benjamin Solo.

(...)

No escritório de Skywalker as atividades não cessavam, afluíam pessoas de várias localidades com o propósito de receber ajuda e algum apoio, o auxílio jurídico fornecia alguma esperança para aqueles que eram muito oprimidos com injustiças.

Rey ao lado de Finn estava muito animada com as suas novas atividades em seu emprego estava se ambientando muito bem era muito maleável em se adaptar as suas tarefas no escritório, mesmo porque como fora uma boa aluna se aplicava facilmente as funções que deveria executar, nesse momento Luke se abeira da mesa da garota.

— Ótimo trabalho! Aprende muito rápido. — Remexia uma pilha de ofícios na mesa da jovem e tornou a fita-la. — Penso que deveria ter ficado mais alguns dias em casa, descansando. Tudo que lhe aconteceu foi muito pesado e recente.

— Obrigada, Dr. Skywalker! — Sorriu amavelmente. — Muita gentileza de sua parte, mas a doutora, Lis, Rose e até Ben, todos falaram a mesma coisa, contudo, preciso ocupar minha mente, para não focar no que passou e me deprimir mais.

O mais velho ouvia a garota atenciosamente, quando percebeu a menção de seu sobrinho como uma pessoa interessada no bem-estar de outro, sentiu uma certa estranheza, saber que o rapaz dispensava um sentimento da compaixão pela advogada recém-formada. Tentou soar natural e nem um pouco afetado com as palavras da jovem dando umas batidinhas na pilha de papel no birô dela.

Ironias do Amor (Reylo)Onde histórias criam vida. Descubra agora