Almejo desesperadamente a compreensão, o apoio que me fará enfrentar os demônios que fecham o punho em volta de meu coração
Mas me apavoro
O medo me consome de uma maneira tão sombria que a cada passo que dou sinto-me cada vez mais puxada pro escuro, pro esquecimento.
Não quero enfrenta-los.
Quero fugir, quero me encolher e chorar deitada em teu colo.
Quero sentir que não depende de mim, quero respirar o ar que se comprime abaixo das expectativas, estourando meus pulmões e me roubando a fala.
Quero sentir tuas mãos levantando-me, quero senti-las tocar minha pele e me livrar da amargura presa como pesadas correntes em minhas pernas, que me impedem de fugir ou lutar.
Eu quero.
Não quero.
Corro.
Enfrento.
Me escondo.
Ergo a cabeça.Quando eu descer dessa montanha russa, será no topo ou no fundo do poço?
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Meu céu nublado
PoetryHá uma certa agonia, uma certa solidão no passar dos nossos dias. O que diz a tempestade que habita nosso peito cansado?