Por que eu me permito passar por isso?
Tão previsíveis quanto o sol nascendo em cada manhã, as facas que cortam meu coração sempre repetem seus movimentos.
Mas por que eu as escolho?
A mesma questão. A mesma resposta.
O vazio.
Preencho-o com minha dor, assim eu estarei ocupado demais sofrendo com ela para sequer notar o quão sozinho estou.
Mesmo rodeado de milhões de rostos, milhões de história, milhões de amores e milhões de corações, eu não tenho como evitar me sentir invisível.
Como me livrar das amarras que me seguram?
Como esconder as cicatrizes que me permeiam?
Mas eu não quero chorar.
Eu não quero chorar mais.
Eu quero me sentir vivo.
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Meu céu nublado
ŞiirHá uma certa agonia, uma certa solidão no passar dos nossos dias. O que diz a tempestade que habita nosso peito cansado?