Cheguei na boate e encontrei-os na porta. Ana e Mike foram para o bar mais afastado do palco, enquanto me encaminhei para o segundo andar. Lá, as pessoas já dançavam e bebiam freneticamente. O som estava alto e bem animado. Fui até Lucas e Mari, que riam aleatoriamente – provavelmente dos looks exagerados, ou do fora que alguém levara.
– Porra! Pensei que não iria chegar. – Mari gritou, histérica, enquanto bebia mais um gole de alguma bebida forte e doce.
Lucas apenas me soltou um beijo no ar, sem perder o flerte que estava com um garoto metros á frente de onde estávamos. Eu sorri e mentalmente agradeci por ele sempre estar por perto.
– Estava sendo uma boa irmã e anfitriã. – Lhe mostrei o dedo do meio. – E não enche.
Menos de dez minutos ali e já sentia olhares sob a minha pessoa. Procurei brevemente até achar a direção de onde vinham... Provavelmente, a garota de mais cedo.
– Melissa? – Mari olhou para mim, olhando para a garota em seguida.
– Eu quem durmo com ela e você quem sabe o nome? – Ri, beijando Mari no rosto.
Já tinha se passado uma hora que Melissa me olhava, mas nada fazia, sequer sorria. Pudera, sai como se nunca mais fosse a ver e ela brota na minha frente. Ah, a vida.
Eu aproveitaria que ainda estava sóbria e tentaria repetir a noite para ver se foi tão boa quanto pareceu... No meio do caminho sinto meu celular vibrar no bolso.
"Precisei correr no escritório. Papai me ligou desesperado, parece que deu uma revira volta em um dos casos que estamos tentando ganhar. Encontre Ana e a leve para casa, por favor.
Te devo essa. Mike."
Ah, que maravilha.
"Sim, Mike. Você me deve uma por minuto. Não se acostume."Hora extra.
É, Ana Clara. Parece que eu vou precisar dar uma de babá, sim.
Desci já impaciente procurando Ana e muito provavelmente encontraria ela chorando de raiva.
Quem em sã consciência deixaria a namorada recém-chegada no meio de uma balada que ela conheceu pela primeira vez na vida? Eu, pelo o menos, morreria de chorar. De ódio, claro.
Já estava ficando vesga com a quantidade de luz que surgia de todos os lados. Pessoas não paravam de chegar e ficava cada vez mais difícil conseguir achar alguém na sorte.
Fui até o bar. E lá estava ela...
Ria alto, enquanto gesticulava diversas vezes para o barman, que gargalhava á vontade com as histórias que Ana provavelmente contava. Caminhei devagar com o objetivo de conseguir ouvir de que tanto eles riam. Ela estava suspensa em um banco comprido, enquanto um dos pés tentava alcançar decentemente o chão, o outro balançava-se no ar – feito criança, já disse.
Ri sozinha da cena. Parei por trás dela, e logo notei o copo de whisky com apenas um dedo para ser finalizado, em seguida de dois copinhos de tequila, com sal jorrado no balcão e limão espremido e marcado por dentes.Essaé a minha garota, pensei mentalmente sem entender muito bem o que havia pensado.
– E então, começou a chover... – Ana dizia, enquanto caia em risadas. – Ah, oi Clarissa!!! Que bom que chegou. Estava dizendo aqui ao meu amigo... – Estalou os dedos em direção ao homem, fechando os olhos, fazendo um esforço grande para lembrar-se.
– Josh! – O barman olhou-me aliviado, como quem estava em paz por ter alguém conhecido com ela, enquanto sorria simpático para Ana.
– Então, estava comentando com meu amigo Josh, que a minha festa de 18 anos foia mais louca de toda a história humana! – Bateu a mão no banco ao lado, vago. –Vai, senta aí. Vamos tomar alguma coisa. Aparentemente, me sobrou só você como companhia.
– Obrigada pela parte que me toca. – Gargalhei, enquanto pedia uma água escondida para Josh. – Pelo visto está divertido a balada, não é mesmo? –Ironizei.
Ana me olhou culpada, e apenas assentiu.
– De fato. Preciso escutar mais teus pitis, até que tem um fundo de verdade. –Falou séria, dando um gole no último dedo do copo. – Nossa... – Fez uma careta e caí no riso. –
Porquê está com uma garrafa de água nas mãos?
Ela estava bêbada mas era esperta.
– Pra gente beber, ué! – Olhei sua boca por um momento, e voltei aos seus olhos.
– Não vou beber água! Não é Josh? – Virou-se para o bar, onde o barman nem estava mais. – Cadê ele? – Fez um beicinho, e pela primeira vez senti meu coração parar.
Que diabos estava acontecendo?
– Acho que agora só tem a mim como amiga. – Tirei uma mecha de cabelo que teimava em cair sobre sua boca, e coloquei por trás da orelha. – Melhor irmos pra casa.
Ana balançou negativamente a cabeça no mesmo minuto. Recusava-se a beber água ou sair dali. Na realidade, recusava qualquer coisa que não fosse beber.Obviamente, havia uma chateação com Mike e eu não a culparia. Jamais. Cresci com papai fazendo isso inúmeras vezes. Mas, Ana não parecia do tipo que acataria aquilo. Ainda mais agora que mostrava um lado totalmente solto e divertido. Ela conseguiu fazer amigos com quase todo o espaço do bar.
Eu observava, rindo. E quando dei por mim, minha boca já doía de tanto sorrir,rir...
Coisa que não fazia há um tempo razoavelmente considerável. Ana era do tipo que arrancava risadas das pessoas sem saber. Ou sem esperar. E isso estava incrível.
– Eu quero dançar! – Ela levantou e se pôs ao meu lado.
– Não sei dançar. – Falei, me recusando.
– Então eu vou sozinha...
____________
oie pra tu que tá comentando, rs.. desculpa a falta de horário pra postar (na realidade, estou escrevendo mais pra mim, porquê acho um casal cheio de química e tô meio enferrujada na escrita - nem divulguei e nem esperava mesmo que alguém acompanhasse, mas que bom que agrada!).. tentarei definir os dias e escrever uns capítulos mais longos, só porquê cê gostou, rs
beijão.
YOU ARE READING
no control.
Fanfiction"and I don't know how to be fine, when I'm not.. cause I don't know how to make a feeling stop.. just so you know, this feeling's taking control of me..: and I can't help it."