hoje, amor, amanhã o depois disso

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Eu sinto o amor.
Eu digo essa frase com todas as letras.

Digo honestamente e abertamente.
De forma literária, não é algo que alguém tenha me ajudado, não nessa questão.
Hoje o que eu sinto é amor, pela vida e por cada segundo de respiração.

Mas o amor é relativo, não é algo que seja eterno ou certo; podemos amar e depois, simplesmente, não amar mais.

Hoje eu amo estar aqui,
Mas amanhã eu posso desejar simplesmente não mais existir.

A dualidade em admirar e repugnar
Em querer estar e querer ficar.
Em viver ou existir.
Estar lá ou só assistir.

O amor, assim como todas as coisas e todas as pessoas, aparece de formas diferentes e as vezes, se transmuta.

Não sei exatamente a fração de tempo que eu levo de passar a pensar na vida como morte, pensar em mim como minha ou como nula, em sentir amor ou ódio.
Não sei por quando tempo eu serei feliz ou triste. Mas o segredo, meu caro, é saber que tudo isso vai acontecer, vamos amar, vamos odiar. Mas viver, depende do que você escolher.

Vivemos num labirinto enorme e eterno, as vezes nos prendemos nas teias, nos encurralamos e até encontramos uma possível saída. O segredo é continuar tentando nos achar mesmo que nos encontremos perdidos, não ter que esperar mais alguém pra que assim, você não esteja mais sozinho no incerto. Esteja em sua neblina, com a sua confusão, não dependa de alguém para tentar fugir da escuridão.
Por que a vida sim, é o incerto. Somos tão fortes quanto somos frágeis. Somos o que fazemos de nós. A vida é frágil, nós somos frágeis, o amor é frágil,  é o universo é frágil.

Então sim, por hoje, eu amo.

Singularidade, Serenidade e Seus SinônimosOnde histórias criam vida. Descubra agora