II

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Quando a rapariga finalmente deu entrada em minha casa, levantei-me e, novamente, fiquei parado a olhar para ela. Eu não conseguia acreditar que a pessoa que eu mais tinha gostado em toda a minha vida, à exceção da minha mãe e irmã, e que eu julgava estar morta, estava à minha frente e em breve me estava a abraçar.
- Oh meu deus Harry, já não nos viamos há tanto tempo!
- Como é que tu estás aqui?- tentei, mas não consegui não gaguejar.
- Conseguiram salvar-me, e eu quis vir ver-te depois da desintoxicação.
- Mas, toda a gente pensa que tu morreste, vinha nos jornais e- ela interompeu-me para uma explicação.
- Os meu pais disseram isso aos jornais, e também me disseram isso a mim. Disseram-me que para eles eu tinha morrido e já não era mais filha deles.
- Isso é horrível. Mas quanto tempo é que demorou a tua desintoxicação? Aquilo aconteceu há tanto tempo, como é que tu só estás aqui agora? Será que te esquesseste de mim?
- Não, esquecer-me de ti está fora de questão. O que aconteceu foi o seguinte eu inscrevi-me em carradas de clinicas, mas acabava sempre por fugir, por precisar de droga. Já não era um problema físico, era psicologico. Até um dia em que eu dessidi ir a um psiquiatra e fazer-me de tão maluca para me internarem num manicómio e se melhor, porem-me numa solitária. E foi isso que aconteceu. Estive em "tratamento psiquiatrico" durante cinco anos.
- Mas, tu estás igual, quer dizer, não ficaste maluca por estares cinco anos num hospital psiquiatrico!
- Deixa estar que a minha maluquice natural não se foi embora.
- Isso é bom- disse-o por entre um sorriso. Ela riu-se. Gemma falou:
- Bem, malta, eu já estou com um bocado de fome não querem vir almoçar.
- Por mim tudo bem, vou só buscar a carteira.- disse correndo para o meu quarto, pegando na carteira onde já se encontrava a quantidade de pó que eu iria necessitar durante o tempo que estivesse fora de casa. Voltei para a sala e daí dirigimo-nos até ao elevador permitindo-nos acesso direto à garragem onde se encotrava o meu belíssimo e único carro. Sentei-me, como é obvío, no lugar do condutor, a minha mãe ficou ao meu lado e Gemma e Lexi encontravam-se nos bancos de trás. Guiei até ao restaurante que a minha mãe havia sugerido e, depois de estacionar o carro, rapidamente nos vimos sentados numa mesa, a conversar, e com os pedidos à nossa frente. Antes do café a minha mãe e Gemma levantaram-se, logo depois de pagarem as suas contas e foram embora deixando-me sozinho com o meu amor de adolescente. Conversávamos enquanto tomavamos café. Senti molesa e logo pedi licença para ir à casa de banho. Tomei a minha dose e voltei à mesa. Continuámos a conversar, comigo a olhar para o telemóvel, mas não por muito tempo porque ela logo desviou o rumo à conversa.
- Harry! Para de olhar para o estúpido do telemóvel! Eu estou a falar contigo! Tem um bocadinho de respeito e olha para mim quando eu estou a falar contigo!- ela estava irritada. Ela parecia a minha mãe a ralhar comigo. E eu não podia olhar para ela porque ela ia perceber o que se passava. De repente ela agarrou-me no queixo de forma a levantar-me o rosto. O meu reflexo foi fexar os olhos de imediato. E no mesmo segundo ela pediu-me respidamente para eu abrir os olhos. Fi-lo, a medo, e ela logo voltou a falar:
- Harry, porque raio é que estás com os olhos vermelhos?- não respodi.- Eu sei que não estiveste a chorar. Opá, eu não acredito nisto. Porque é que te meteste nessa porcaria, hãm?- encolhi os ombros sem lhe dar grande importância. Quando se está sob o efeito de droga nunca se dá muita importância a grande coisa.- Harry responde-me porra!
- Lexy, eu estive mesmo a chorar, e não sei porque pensas que eu ando nessa porcaria.- menti, tentando parecer credivel.
- Porque é que estiveste a chorar?
- Porque... eu continuo sem acreditar que tu não morreste.
- Está bem. Então desculpa se te acusei sem razão, mas eu fico preocupada. Não desejo o que me aconteceu a ninguém e principalmente não desejo isso à pessoa que mais amo no mundo, que és tu.
Pagamos a conta a meias e voltamos ao carro. Ela tirou-me as chaves do carro da minha mão e correu para o lugar do condutor.
- Hey! O carro é meu!
- Eu sei, mas eu quero guiá-lo!
- Como queiras.- disse revirando os olhos e entrando no lugar de pendura.- Onde vamos?
- A um jardim ou assim. Não sei. Logo verei.
Falavamos à cerca de nada mas de tudo até que, enfim, parámos no meio de um bosque ou mata ou que quiserem chamar e aí saímos do carro.
- O que é que nós estamos aqui a fazer?
- Não interessa. Segue-me.- Fiz o que me pediu e depois de longos minutos a caminhar paramos em frente a uma pequena cascata de onde jazia a água que um belo lago formava. Ambos ficámos a contemplar a água limpida e melódica que ali se encontrava. Ficámos a escutar o silêncio ruídoso que nos envolvia. Lexi falou:
- É lindo não é?
- Decididamente. É mesmo.- Vi-a retirar o seu casaco, e em seguida a sua camisola. Fiquei um pouco chocado por ela se estar a despir para, provavelmente ir tomar banho porque não está propriamente calor.
- Vai um banho?- disse entrando com os pés dentro de água envergando só e apenas a sua roupa interior. Ai a minha vida! Ela está completamente boazona! Eu vou-me a ela. Tirei as minhas roupas, ficando apenas de boxers e entrado para a água. Ela já estava mais à frente do que antes estando agora com a água pela cintura, de costas para mim. Agarrei-a pela cintura, colando os nossos corpos e susorrei no seu ouvido:
- Tu estás linda.
- Eu sei.- disse virando-se para mim. Rapidamente senti as sua pernas em torno dos meus quadris, os seus braços em torno do meu pescoço e os seu lábios a atacar os meus. As minhas mãos rapidamente passaram da sua cintura para o seu rabo e do rabo uma delas subiu para desapertar o seu sutiã preto básico. Lexy não deixou que o mesmo saísse do seu corpo. Limitou-se a continuar a beijar-me e a subir as suas mãos até aos meus caracóis.
- Nós não podemos fazer isto aqui.- disse ela entre beijos.
- Então fazemos onde?- disse-lhe beijado o seu pescoço e clavícula.

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