[Adora]Já fazia uma semana que Catra não ia para a escola, eu me lembro de no primeiro dia depois da festa, entrar na sala e encontrar uma Mermista chorando vendo o vídeo do seu discurso polêmico, Bow estava do lado dela tentando conforta-la o máximo que podia.
"E-ela nunca mais vai falar comigo...eu não queria fazer isso, oque deu em mim?" -Mermista perguntou enquanto eu me aproximava dos dois.
"Você deveria maneira um pouco na bebida..." -Bow tentou consolar a garota.
"...Adora, você saiu da festa com a Catra? Sabe como ela esta?" -Mermista me perguntou quando me aproximei o suficiente.
"Uh...ela me disse que estava bem quando eu deixei ela em casa..." -respondi.
"Ela não quer me responder Adora, você pode por favor ver como ela esta?" -Mermista me suplicou, quase se ajoelhando a minha frentre.
"Oque?...por que eu?" -perguntei um pouco confusa, do jeito que Cara havia me dispensado ontem, não acho que ela ficaria muito feliz com a minha presença.
"Porque ela gosta de você...e você com certeza é a única pessoa com quem ela vai falar." -Bow disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo, eu mal segurei a vontade de sorrir, por algum motivo aquela notícia me deixava quente por dentro.
"E-ela...ela.gosta? Mas..do jeito que ela me trata..." -disse, Mermista suspirou ruidosamente.
"Esse é o jeito esquisito da Catra de demonstrar afeição, esse foi o jeito que os pais dela criaram ela e agora ela não sabe expressar os sentimentos sem ser com violência." -ela disse, seu tom ficando triste. -"Adora...por favor, você precisa falar com ela, não faça isso por mim...faça isso por ela."
"Tudo bem, eu vou...mas você vai ter que prometer que vai pedir desculpas diretamente pra ela." -disse com toda a convicção que consegui reunir, ela apenas abaixou a cabeça e acentiu levemente.
Nó não nos falamos mais naquela semana e foi assim que eu terminei parada no quintal da casa da Catra como uma psicopata, já deviam ser mais de meia-noite e eu estava logo abaixo da única janela que emanava uma luz fraca, isso queria dizer que Catra ainda estava acordada, ou que ela dormiu com a televisão ligada, no inicio não fiz nada, apenas esperei que talvez ela decidisse abrir a janela da varanda e me visse ali, eu estava muito envergonhada para bater na porta no meio da madrugada e com muito medo dos pais dela para ir la de dia, então a melhor solução foi essa.
Peguei uma pedra do gramado, uma pequena mas não muito leve e a joguei contra o vidro, ele fez um barulho ruidoso e derrepente havia movimento no cômodo, alguns segundos depois Catra abriu a janela, ela me olhou por dois segundos, espremeu os olhos juntos, esfregou eles um pouco e olhou para mim de novo, quando ela não viu que eu não me transformei em um tronco de árvore posicionado contra a luz do poste para parecer uma silhueta humana, seus olhos se arregalaram, ela correu para dentro e eu senti meu celular vibrar e quando atendi, era Catra."Oque você ta fazendo aqui?" -ela sussurrou num tom desesperado.
"Você ta a uma semana sem ir pra escola Catra! Uma!" -respondi no mesmo tom. -"eu fiquei preocupada e vim te ver.
"Você não podia ter vindo de dia como ia pessoa normal?" -ela perguntou, eu não consegui segurar minha risada. -"do que você ta rindo imbecil?"
"Você queria que eu viesse..." -meu sorriso aumentou, talvez fosse toda a adrenalian de estar de madrugada no quintal de alguém podre de rico que poderia me colocar atrás das grades por anos, mas saber que Catra queria que eu viesse ver ela, por algum motivo me deixou feliz e fez aquela sensação quente no meu peito voltar. -"eu posso entrar? Ta ficando bem frio aqui fora."
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Teen Idles [Catradora]
Teen FictionCatra realmente não ligava para quase nada, ela não ligava pra quantos carros ela podia comprar, ou que sua casa de praia era maior que muitas mansões, ela não ligava para essas coisas, sua vida era cinza, até ela chegar. Adora não é uma garota rica...