Uma chance para Bill

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Bill mostrou a Dipper seu quarto e saiu, deixando o garoto sozinho, sabia como era difícil ser separado de seu irmão, ou, no caso do demônio amarelo, irmãos.

O quarto era bonito, tinha a parede marrom e o teto verde, era espaçoso e tinha um tipo de cadeira na janela, mas Dipper estava alheio a tudo isso, seu pensamento vagava até uma pessoa, Mabel.

Ele nunca mais poderia vê-la, seria um eterno prisioneiro de Cipher.

Ele não chegou a perceber o momento em que começou a chorar, ele estava alí, com a pessoa que havia a machucado sem dó nem piedade, que havia posto ela presa em uma realidade que ela não poderia ter.

Não só isso, mas sua família, seus amigos, nunca mais os veria.

Ele só percebeu que havia dormido quando acordou, viu uma segunda porta que não havia reparado antes, abriu-a e viu que era um banheiro, um banheiro muito grande.

Quando se viu no espelho percebeu o quanto estava horrível, seus olhos estavam inchados por causa do choro e suas roupas estavam em farrapos.

Resolveu tomar um banho para se distrair.

Quando descobriu que Bill havia enchido seu armário de roupas ficou agradecido, não queria ficar usando aquelas roupas destruídas.

Botou uma bermuda, uma camiseta e um tênis, sem se preocupar se estariam ou não enfeitiçadas, ele já estava preso com Bill, que diferença faria?

Ele voltou para a cama e se deitou lá. Quanto tempo ficou olhando pro teto ele não saberia dizer, mas, em determinado momento, escutou uma batida de leve na porta.

Bill entrou, estava em sua forma humana, ele foi até a cama de Dipper e se sentou na beirada dela, Dipper sequer moveu o rosto para olhá-lo.

Bill respirou fundo e disse:

- Humm... Dipper, eu sei que você está triste, assim como está com raiva de mim, mas... bem... poderíamos ao menos tentar ser amigos?

Dipper virou a cabeça para o lado contrário ao que o demônio estava, logo em seguida disse:

- Olha Cipher, não estou pronto para te perdoar e não confio em você, não sei se algum dia confiarei... mas podemos tentar...

Se Dipper tivesse olhado teria visto o sorriso na face do outro, embora seu Pinetree ainda não confiasse nele, ele iria dar um jeito para que o castanho passasse a confiar.

- Olha... se quiser fazer alguma coisa a gente pode treinar combate, se quiser eu vou estar na terceira porta a esquerda, ok? - Disse Bill enquanto se levantava e saía do quarto.

Depois de algum tempo Dipper se levantou e coi até a sala, não tinha mais nada pra fazer.

Assim que entrou, um raio passou raspando do lado da sua cabeça e ele arregalou os olhos.

Bill estava no meio da sala, desviando dos raios e destruindo os robôs em qualquer oportunidade.

Dipper saiu correndo pelos cantos da sala, ate que um robô chegou perto o suficiente e ele se agarrou em cima dele, os robôs eram voadores, então o robô, desnoteado com o peso extra voou mais alto, Dipper aproveitou para mirar os raios daquele robô nos outros, destruindo-os um por um.

Não havia dado nem 15 minutos já não haviam mais robôs além daquele em que Dipper se encontrava, então Dipper acelerou o robô na direção da parede e pulou pra fora dele no último minuto.

Bill olhava espantado para o pequeno Pines, como aquilo era possível? O garoto tinha treze anos e nenhum treinamento em combate.

- Isso foi divertido. - Disse Dipper - Até que foi legal fazer algo com você.

- Digo o mesmo! - Disse Bill sorrindo - Mas aonde você aprendeu a fazer isso?

- Não sei, eu só fiz. - Dipper deu de ombros - Por quê? Isso importa?

- Talvez, o jeito que você usava para mover o robô, parecia uma dança... será?

- Do quê você está falando? - Perguntou Dipper.

- Venha aqui! - Disse Bill.

"Ele ficou maluco, só pode" Pensou Dipper.

- Eu não fiquei maluco! Isso eu já sou! - Gritou Bill de fora da sala - Agora vem logo.

True loveOnde histórias criam vida. Descubra agora