V.P Zero Saga - Chapter 42

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- S-Senhor gigante, eu... e-eu escolho os corvos... - Ele fala com todo o temor em sua alma
- Sua bravura será lembrada... Agora descanse em paz sobre as nossas penas - Os corvos começam a rodear aquele homem, os gritos das aves o fez se urinar e defecar enquanto seu corpo estava correndo uma energia que mais se assemelhava ao eletrocutado de uma cadeira elétrica.

O homem começou a ver tudo preto devido as penas voando e circulando, um fedor de cadáveres começa a subir, o homem vomita de automático por o cheiro ser muito forte. Quando ele ia ser tragado pelos corvos, um homem de cabelos loiros meio grisalhos e olhos azuis iterrompeu a execução.

- Espere... me leve no lugar do líder do esquadrão... ele... ele é um bom homem - O homem tenta argumentar
- Anderson... mas porquê? - O líder de esquadrão o olha meio incrédulo com o companheiro tentando salvar ele
- Não se preocupe, apenas dê a notícia para meu filho Argus
- Treo... esse homem tem algo por trás desses olhos, vamos levá-lo no lugar desse peso morto - O Corvo falou telepaticamente com o Treo
- Você apenas quer o poder da alma desse homem, e isso não vai acontecer... - Treo fecha sua mão, e os corvos começam a devorar a carne daquele homem, ele não grita de dor, pois morreu antes mesmo de sua carne ser destroçada, os corvos devoram tudo que vêem pela frente, não restando nem mesmo as armas e a vestimenta resistente da qual usava.

Os corvos rodeam o barril, o sangue começa a jorrar e encher porém o sangue depositado era insuficiente para preencher o barril por completo. O homem de olhos azuis chamado Anderson ficou estático com o que via, mas seus olhos não piscavam ou mudavam de direção, estava claro que o espírito daquele homem não tinha morrido com essa cena macabra. Os corvos voam em direção aos outros soldados, os empalando com investidas e os arrastando, os soldados tentam fugir ou revidar, mas as aves sobrenaturais atacam rápida e impiedosamente os soldados acuados diante de tamanho pavor que se implantou em seus corpos e mentes. Aos poucos eles foram devorados e o sangue transportado para o barril, apesar da quantidade de sangue que os corpos possuem serem superior ao que o barril pode suportar, o sangue que é transportado é algo mais concentrado e puro, por isso que o barril se completou ao abater do último homem, restando apenas o soldado Anderson entre todos aqueles que foram destinados a fim tão cruel.

- Quem é você? - Treo pergunta ao soldado, enquanto os corvos os observam e circundam caindo penas em meio aos gritos das aves
- Anderson Kane, soldado nascido e criado em Afelion - Ele fala e respira fundo, enquanto observa ao redor com rápidos movimentos com os olhos e focando em Treo
- Por que não sente medo de nós?! - O Corvo pergunta com uma voz estridente que atravessa o corpo de Anderson como uma rajada de vento que o arrasta para trás
- Desculpa se o ofendi, mas eu não sinto medo já faz muito tempo... - Anderson respira fundo novamente
- E o que causou a sua imunidade? - Treo indaga curioso
- Guerra, amor, experiência, talvez... mas acho que, eu fui agraciado com a falta desse sentimento, o que corre nas minhas veias, nas veias de quem veio ou vai vir, é uma vontade de seguir em frente, algo inabalável diante do que esse mundo ou, qualquer outro possa criar... desculpa se eu falei demais, mas não é algo que possa ser expressado exatamente com palavras... - Um vazio se sentia em suas emoções enquanto ele tentava se expresasr
- Você tem alguém para continuar a sua linhagem? - O Corvo pergunta
- Sim, eu tenho um filho chamado Argus, e ele tem o mesmo olhar que eu, talvez ele tenha um espírito mais forte que o meu... quando sua mãe morreu, ela deixou a sua coragem e vontade para ele, como uma certeza que ele seria alguém que esse mundo se lembraria. - O rosto de Anderson expressava tristeza, amor e determinação enquanto falava
- Me diz que podemos devorar ele, tanto poder não pode ser desperdiçado! - O Corvo fala telepaticamente
- Você não sabe o que vai acontecer Corvo, tente enxergar além da sua fome - Treo responde indignado por telepatia
- Imagine o que podemos fazer com tamanho poder, essa alma vale muito para se desperdiçar com o Destino! Você tem 2 potências capazes de mudar o rumo, não só da sua vida mas da vida dos seus amigos... e até da Claire... você tem o poder para conseguir tudo agora, está bem na sua frente, pare de hesitar e agarre a chance que o Grand Creator lhe deu... Treo! - O Corvo se agita e se enfurece com a resistência de Treo
- Você está me atrapalhando... a "Fome" não pode tocar no que não lhe pertence - Treo o corta e volta a falar com Anderson
- Você deseja fazer o mesmo que a sua mulher fez com o seu filho? - Treo o pergunta
- Sim
- Você deseja ter o poder para si? Ou deseja ter o poder para que seu filho seja mais forte que você? - O capacete em posse de Treo ressoa um poder colossal
- Eu já tive tudo que alguém como eu possa alcançar... meu filho carrega a vontade de minha mulher... e ele um dia carregará a minha, e será forte o bastante, eu acredito nisso! - Os olhos azuis de Anderson brilham como se fosse a chama da sua alma se elevando através do olhar, o capacete ressoa junto com ele, como se competissem e se unissem ao mesmo tempo
- Prepare-se para testemunhar o nascimento de um novo poder em Inner World!

Treo mergulha o capacete no barril de sangue, o capacete se aquece e o sangue ferve como lava, vaporizando com tamanho fervor do ferro, gritos de muitas almas se escutam, o metal negro exala uma presença anormalmente aterrorizante, muito maior do que se aconteceu antes, o capacete criou uma aura de medo ao seu redor, fazendo todos ali hesitarem por um instante, vendo a imagem de um cavaleiro com uma armadura em um ébano sombrio, emanando uma aura que faria qualquer ser vivo e não vivo se auto-destruir, de tanto medo que poderia sentir.

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Inner World - V.P Zero SagaOnde histórias criam vida. Descubra agora