31 | bradley

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Estávamos brincando no mar quando senti falta da Maya, olhei em direção às nossas coisas na areia e ela estava concentrada lendo um livro, sem nem se quer ter encostado o pé na agua.

- M2, por que sua irmã não vem pro mar com a gente? - James interrompeu meus pensamentos,  mas perguntando exatamente o que eu queria saber.

- Ela teve uns problemas relacionado a mar e desde então tem medo de entrar. - Mila deu de ombros mas sem entrar muito no assunto. Não que precisasse, eu já sabia o porquê, assim como Connor que me olhou e balançou a cabeça para que eu fosse falar com ela.

- Vamos lá com a gente. - Cheguei ao lado de Maya, ela tirou os óculos de grau e deu um sorrisinho sem mostrar os dentes.

- Na verdade, eu estou bem, aqui.

- Está todo mundo lá, se divertindo, M1. Vamos, por favor. - Me ajoelhei em sua frente e juntei as mãos como forma de súplica.

- Não sei... - Começou a mexer na areia com os pés.

- Se você não for, eu vou sentar aqui na areia junto contigo. - Seus rosto virou pra mim, consegui chamar sua atenção.

- Não Brad, vai se divertir. - Sorriu fraco como se tentasse me convencer. - Ta tudo bem, esse livro é ótimo.

- Vamos comigo, você vai ficar bem. - Segurei suas mãos e as beijei. - Prometo ficar do seu lado segurando sua mão. Você gosta de mar?

- Sempre fui apaixonada. - Seu olhar se perdeu na imensidão azul. - Mas depois do que aconteceu, eu não consigo mais, nem se quer encostar um dedo na água.

- Princesa, vamos focar em quando você gostava de ir ao mar. Eu não vou deixar nada acontecer à você, nada mesmo. - Percebi um brilho de vontade em meio ao receio, em seu rosto.

- Se eu não conseguir, você promete não forçar? - Apertou minhas mãos e foi como se tivesse apertado meu coração também. Preciso fazer essa menina superar seus medos, nem que eu precise ficar ao lado dela o tempo todo.

- Claro que prometo, Maya. - Puxei-a, fazendo nós ficarmos de pé. - Se não ficares a vontade prometo voltar ao hotel com você.

Assentiu com um breve movimento de cabeça e entrelacei nossos dedos indo em direção aos nossos amigos. Cada vez mais próximos eu podia sentir ela ficando insegura e eu tentava ao máximo, dizendo palavras reconfortantes e apertando sua mão.

Assim que chegamos com a água na canela seu corpo congelou.

- Brad... - Ela não olhava para mim, era como se estivesse perdida, revivendo a causa de seu medo.

- Maya, olha pra mim. - Puxei seu rosto e tomei sua visão. - Confia em mim, tá tudo bem, esquece o que aconteceu, presta atenção só em mim.

Comecei a andar de costas, segurando suas duas mãos, enquanto fazia ela olhar nos meus olhos e focar só em mim.

- Olha onde você já está. - Sorri, foi quando ela percebeu que já estávamos com a água na barriga e próximos aos nossos amigos. O sorriso que apareceu no seu rosto, logo em seguida, fez tudo valer a pena.

Dream [2]Onde histórias criam vida. Descubra agora