Capítulo 3

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Não posso continuar buscando prazer com outras

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Não posso continuar buscando prazer com outras... não dá mais... a frustação passa apenas por alguns momentos, mas depois tudo volta.

Quero ela....
Apenas ela...

E farei de tudo para torna-la minha.
Minha para proteger, cuidar e... ensina-la.

A chuva esta mais forte quando sai do ZeroUm, precisava vê-la, mesmo que de longe era forma de tentar conter essa raiva crescente, essa solidão que me consomem a cada dia, a cada noite e a única forma acalmar meu tormento é minha doce Sophia. E agora que a senti em meus braços, mesmo que por alguns instantes me sentir mais vivo que em toda minha vida, e agora ela sabe da minha existência, temo não conseguir me controlar e faze-la minha, e por mais que eu a queria comigo sei que ainda não é o momento... e se ele descobrir sua existência e o quão importante ela é pra mim poderá usa-la para mim atingir e isso não eu posso aceitar, não agora que encontrei a luz para minha escuridão, que a toquei mesmo que por breves minutos, mas a senti em meus braços.

Ainda é vivo em minha memória a primeira vez que a vi, lembro que no dia chovia muito e estava exausto, tanto fisicamente quanto mentalmente, pois tinha sido um trabalho difícil e triste ao ver tantos adolescentes e criancas mal tratados, parei em um bar no caminho de casa precisava de uma bebida para conseguir dormir um pouco e esquecer aqueles olhares perdidos, com medo e sem vida, olhares que me levaram ao passado que tento a todo custo esquecer e tentar ao máximo para que famílias, crianças, jovens passam pelo que vivenciei ao lado de meu irmão.

Parei no primeiro bar que encontrei e pedi uma dose de tequila, me sentindo sufocado me sento próxima a porta de saída, e enquanto tentava entender o que leva uma mulher a ajudar na venda de crianças para um grupo de "clientes especiais". Meu Deus o mundo esta perdido, as pessoas estão se tornando cruéis, repugnantes.

Eu estava me sentindo tão atormentado e enojado com tudo que vi naquela noite, que ao receber minha segunda dose de tequila levantei minha cabeça a tempo de ver a mulher sentada no ponto de ônibus encolhida pelo frio e a chuva, no momento penso em ir até ela, perguntar o por quê ela não entra no bar e se protege da chuva ou se esta precisando de ajuda, mas quando penso em levantar ela vira seu rosto fico em choque pois seus olhos são tristes, atormentados, como se pedisse ajuda, e ninguém poderia ajuda-la.

Fico num canto mais escuro próximo a porta, para poder a observar de perto. Vejo que está carregando alguns livros e caderno provavelmente está voltando de uma escola ou curso, aparenta ser nova 17 ou 18 anos não tenho certeza, sua roupa e tênis são simples um pouco desgastados.

Ela está toda molhada, com cabelos escuros bagunçados, mas ainda assim é a menina mais linda que já vi, ela é baixa, tenho 1,87m de altura e pelo que vejo ela é da altura de meus ombros e deve ter uns 1,60m, seu corpo é magro, pele clara, mas o que mais me impressiona são seus olhos pedindo por socorro, me chamando, me puxando para ela, me levanto indo em sua direção mas seus olhos se fixam no ônibus que se aproxima cada vez mais, volto meu olhar para ela no instante em que o ônibus para próximo ao meio fio, me lembro chamar então a atenção do rapaz do bar, deixo o dinheiro em cima da mesa, no instante em que a vejo entrando no ônibus e corro para meu carro e sem saber o por que eu a sigo.

Dante - Irmãos March [REESCREVENDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora