Capítulo 17

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INTENSO DESEJO

A noite está linda! Céu estrelado e uma leve brisa

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A noite está linda! Céu estrelado e uma leve brisa. Me vejo pensando em tudo que vive até chegar nesse momento, tantas lágrimas e dores, tantas noites mal dormidas, tantos insultos... ofensas... tudo que recebe em nome do amor que meus pais sentem por mim... amor esse que me humilhava, que me deixava ficar com fome, que deixava meu corpo dolorido pelas surras e marcas que deixam em meu corpo... pelas noites que dormi com fome porque tinha deixado de fazer algo e como punição ficava sem a janta.

E quando penso que havia conseguido me livrar de meu inferno... Dante invadi minha vida e me sequestra, tomando para si a liberdade que tanto ansiei. Me torno sua prisioneira numa casa no meio de um bosque, sem acesso ao mundo e totalmente isolada.

Raiva. Medo. Receio. Atração. E tantos outros sentimentos que me atinge como uma tempestade brutal, tempestade chamada Dante... O meu algoz. Que me olha com ternura, desejo, obsessão e... amor.

Meu algoz que me fez desejar sentir sua boca... ansiar por seu toque... seu corpo... que me fez querer tê-lo como meu... e ama-lo como nunca amei alguém.

Meu algoz sombrio e misterioso. Que me fez ama-lo. Que me fez me entregar a ele.

Que fez eu querer ficar a todo momento ao seu lado e por irônia do destino agora me encontro sozinha, ansiosa por sua chegada.

Engraçado que a poucos dias, eu não o conhecia... não sentia essa necessidade de tê-lo por perto, mas agora as horas não passam rápido o bastante... suspiro e indo pra cama, se eu ao menos conseguisse dormir um pouco... quem sabe as horas passam depressa... e finalmente meu algoz chega...

- Sinto sua falta, Dante.

.......
Acordo sonolenta recebendo beijos no rosto, pescoço... sua mão áspera calejada de calos acariciam meu rosto, braço, minhas costas... seu toque era gentil, mas firme. Suspiro feliz por ele finalmente estar em casa.

- Bom dia, Sophia! - fala num sussurro rouco, enquanto me da selinho nos lábios. Abro os olhos e me deparo com uma imensa escuridão em seus olhos. Um arrepio passa por meu corpo, pois sei que algo está errado... ele não esta bem...engulo em seco sentindo um frio se apoderar de mim.

- Dante? Tudo bem? - pergunto e ao mesmo tempo que quero saber o que ouve, tudo em mim grita para ficar quieta e me afastar.

- Sim, meu amor. Mas não se preocupe. - diz e me beija forte, punitivo, suas mãos que antes estavam gentis, agora me apertam com força, como se quisesse se fundir comigo. Solto uma exclamação de dor e logo Dante levanta, indo pro armário, trazendo com sigo uma bolsa preta, o olho confusa, me perguntando o que aconteceu pra ele estar assim.

- Vamos brincar um pouco, querida. - diz vindo até mim. - Deite em posição fetal, braços ao lado das pernas, segurando seus tornozelos. - apenas isso... uma ordem... faço o que me pede, não o que me ordena... sempre mantendo contato visual, o observando... tentando entender o que o deixou nesse estado. O vejo indo até sua bolsa, pegando uma fita adesiva preta... juntando meus cotovelos aos joelhos e logo passando a fita prendendo-os, pra logo em seguida fazer o mesmo com minhas mãos e tornozelos. 

Dante - Irmãos March [REESCREVENDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora