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É difícil você se acostumar com coisas...
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Uma semana havia se passado desde o encontro dos meninos no Coffee&Cats no primeiro dia do Zayn, o que nos leva novamente ao um sábado. Nesse meio tempo nada muito novo aconteceu, com a exceção de um Zayn surtando e narrando exatamente tudo que o Liam fazia ou descrevendo o quanto os olhos dele eram lindos e que ele podia jurar que brilhavam, certo dia chegou até perguntar se um emoji piscando seguido de um coração azul tinha algum significado especial, o que Harry, por sua vez, explicou gentilmente que nem lembrava o que era a cor azul e o tranquilizando com um " Não se prenda tanto nisso, Zee. Você gosta de falar com ele, sim? Então, foque nisso." enquanto Niall continuava num canto mastigando suas batatas audivelmente.
Hoje o dia estava lindo, para Harry não dizer perfeito, ele pôde sentir a brisa da manhã, que prometia ser agradável, assim que acordou naquela ensolarada manhã de sábado. O que fez com que ele se encontrasse agora esparramado em uma espreguiçadeira do jardim enquanto ouvia o audiobook de O sol é para todos da Haper Lee e perdia a conta de quantas lágrimas e risadas foram tiradas com a narração. De onde estava deitado, ele sentia o sol lamber-lhe as pernas descobertas pelo short que decidiu usar naquele dia. Harry soltou um suspiro satisfeito e deu uma pausa no livro, dias assim são os que mais o agradavam, o que era uma ironia já que o clima londrino não contribuía com o seu desejo constante de estar ao sol. Mas algo em sentir o sol nas pernas e o vento soprar-lhe os cabelos o acalmava, trazia uma sensação tão acolhedora que nem ele próprio podia explicar a fascinação em sentir o sol tocando seu corpo, uma vez sua psicóloga comentou que tinha a ver com a sensação de está aquecido e que mesmo sem poder vê-lo, nada impediria de senti-lo. Mas logo sua reflexão sobre o sol foi cortada pela voz calma da sua mãe:
— Seu celular já tocou umas três vezes, Hazza. – Disse com uma risadinha acompanhando. — Pegue aqui, meu bem. Já atendi. – Completou deixando o celular na mão do cacheado.
Harry se ajeitou na espreguiçadeira e em seguida levou o aparelho ao ouvido.
— Alô? Tia Anne, ainda tá aí? – Pôde ouvir Zayn perguntando na outra linha e deu uma risadinha.
— Nope, agora sou eu, Zee. Aconteceu algo? – Perguntou Harry e sentiu seu rosto se franzir em preocupação.
— Até que enfim, sabe quantas vezes liguei? O Niall também não atendeu e eu tô quase surtando. – O moreno resmungou tudo de uma vez, a essa altura Harry achava que algo realmente grave podia ter acontecido para ter toda aquela comoção e ia interromper para perguntar mais uma vez o que tinha acontecido quando Zayn o cortou. — É o Liam.
— O que tem? Ele está machucado? te machucou? Pela Deusa, Zayn! Eu juro que estou a ponto de ligar para poli... – Sua sucessão de palavras foi interrompida por um Zayn murmurando uma sequência de não e logo explicando:
