Dhiego - Parte 1

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Estava em uma atividade da faculdade quando conheci Dhiego. À primeira vista parecia só um cara comum, daqueles meio arrogantes e pretensiosos, mas quando conversamos ele se mostrou um cara muito atencioso e respeitoso. Toda vez que encontrávamos nos corredores ele me cumprimentava e o meu interesse por ele foi crescendo. Foi uma pena descobrir que ele namorava, mas continuei tendo interesse afinal achava que nunca ia rolar nada, só aquele "crush" de corredor.

Um dia me chamou para um evento da faculdade que ele estava ajudando a organizar. Fizemos as atividades do dia e quando estava indo embora ele se ofereceu para me dar uma carona. Aceitei, afinal carona não se recusa. No caminho de volta para a faculdade fomos conversando sobre vários assuntos, até que ele insinuou se eu não gostaria de sair com ele pra um barzinho. Fiquei pensativa se ele estaria me chamando pra sair com uma galera (e a namorada) ou se era pra um encontro romântico. As palavras geniais que saíram de minha boca foram: "agora?" (No caso A palavra). Ele riu e respondeu "Não. Você pode ir em casa se arrumar e a gente se encontra lá"

Quando cheguei no bar ele já estava sentado em uma mesa mais afastada, sozinho. Já comecei a suar frio e o coração acelerar. Tudo transcorreu normalmente. Comemos, bebemos alguns drinks e "jogamos conversa fora". No final ele se ofereceu para me levar até um ponto de ônibus mais próximo e eu novamente aceitei. Ao chegar ao carro ele se aproximou devagar e me beijou. Seus lábios tinham o gosto levemente adocicado do drink que havia bebido e eu me senti imediatamente quente como brasa.

Recobrei minha consciência por um momento e interrompi o beijo. "Mas você não namora?" E voltei a beijá-lo logo em seguida, sem esperar por sua resposta (uma curiosidade sobre mim é que o álcool me deixa muito direta. E com muito tesão. Ainda mais que já havia tempo que tinha interesse por ele). Consegui interromper o beijo novamente e me afastei, para que meu cérebro pudesse utilizar o sangue para raciocinar ao invés de seguir meus instintos sexuais. Eu queria continuar aquele beijo, mas não acharia correto com a namorada dele. Tudo bem que já havia passado boa parte da noite com ele, mas poderia parar por ali e manter meus princípios de sororidade.

Pareceu uma eternidade até que ele me respondeu que não. Havia terminado já fazia um mês. E ele não pareceu abalado nem triste pelo término, apenas pareceu ter concluído uma etapa de sua vida. Mais tarde ele me disse que o namoro já não ia bem fazia tempo e que terminar foi melhor para os dois não se odiarem e brigarem.

Retomamos nosso beijo. Um pouco mais tímido dessa vez, devido à quebra anterior. Mas a tensão sexual era quase palpável no ar à nossa volta. Aliás, desde o bar já era bastante palpável. Ele prensou seu corpo no meu e me empurrou para o carro. Escorada ali senti sua ereção contra minha virilha. Dessa vez foi ele quem interrompeu o beijo e entre palavras ofegantes sugeriu de irmos para sua casa "assistir um filme". Não sei dizer porque mais me derreti toda com a timidez dele em me chamar escancaradamente para sua casa. Normalmente gosto de caras mais "diretos". Mas a demora no processo todo de certa forma torna as coisas mais excitantes.

Minha vontade era de abrir sua calça e chupa-lo ali mesmo, mas me controlei. Fomos durante o caminho conversando e de vez em quando trocando alguns beijos rápidos. Ao chegar em sua casa, ele ofereceu um vinho para tomarmos e fomos, adivinhe: assistir filme. A frequência de beijos durante o filme foi aumentando e começaram as mãos a procurarem pelo corpo um do outro. Meu ser inteiro pulsava e queimava querendo que ele estivesse logo dentro de mim. Quando peguei em seu membro ele pulsava de desejo e não contive um gemido. Estava tão duro e pronto para mim. Olhei em seus olhos enquanto abria seu zíper e mordia o canto da boca em expectativa. Seu olhar continha uma ferocidade que eu nunca imaginei ver naquele rosto, nem nos meus delírios sexuais. Fiquei de quatro para sentir logo seu gosto e seu calor. Suas mãos percorriam meu corpo e davam leves apertões, que aumentaram de intensidade conforme eu gemia com seu membro em meus lábios. Suas mãos percorriam minhas costas, bunda e coxas, mas sempre se desviavam de onde eu mais as queria. Esses desvios nos colocaram em uma dança onde meu ser buscava suas mãos entre minhas pernas e suas mãos se desviavam. Parei por um momento de chupa-lo apenas para olhar em seus olhos e ver seu sorriso malicioso, satisfeito com essa brincadeira. Sentia minha calcinha úmida começar a transferir sua umidade para a calça e estava cada vez mais quente. Achava que ia entrar em combustão a qualquer momento. Quando ele passou de leve um dedo me contorci de prazer e em seguida de vergonha, pois seus dedos estavam úmidos e seu rosto trazia uma expressão de confiança. Não podia esconder minha excitação nem mesmo com as camadas de tecido. Nunca havia me sentido tão exposta com tanta roupa.

Me sentei em seu colo e rebolei, querendo sentir cada vez mais. Ele me parou, segurando meu cabelo e beijando meu pescoço. Sussurrou em meu ouvido com uma voz ligeiramente  rouca "você gosta desse joguinho né? Não pode esconder isso. Continua me obedecendo que vai gostar mais ainda". Naquele momento eu senti me derreter mais ainda. Mas permaneci paralisada. O meu interior submisso sobressaindo a qualquer outra lógica. Ele me deitou no sofá e retirou peça por peça de minha roupa até que eu estivesse completamente nua. Fechou o zíper de sua calça e foi para outro recinto.

E eu?
Permaneci ali. Com a respiração ofegante, completamente exposta. O corpo querendo um alívio rápido de toda aquela tensão, mas ao mesmo tempo querendo obedecer e saciar a curiosidade.
...

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