Capítulo 1 - A primeira vez que nos falamos

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DISCLAIMER:
— Os personagens não são de minha autoria. Os direitos do Steve Rogers e Bucky Barnes são reservados aos Joe Simon‎ e ‎Jack Kirby;
— Entretanto, o enredo é uma criação minha. Não é permitido plágio;
— Os créditos da fan art da capa são totalmente dados à @colnchen, apenas a manipulei pondo o título;
— Boa leitura!

 Os pés calçados por um surrado par de coturnos marrom empurravam o chão a fim de fazer a cadeira giratória continuar em movimento. De um lado para outro, às vezes um giro completo. Qualquer coisa para tirá-lo do tédio que sentia enquanto soava um hit pop aleatório pedido por uma ouvinte a qual queria declarar seu amor para um tal de Lewis ou Louis através da música.

 Não que Bucky Barnes constantemente precisasse de distrações no emprego, pois esse não era o caso. Na verdade, ele amava muito ser locutor na Fun FM – O nome era bastante bobo, porém concordava que tinha uma boa sonoridade -, afinal, ali não só estava trabalhando com o que mais gostava, ou seja, o rádio, como também ganhava um salário o qual lhe permitia sobreviver com dignidade e ainda por cima sentia-se confortável no ambiente, o que era difícil de acontecer. O problema surgia quando era o horário de receber sugestões de canções dos radiouvintes em virtude da grande maioria das solicitações ser algo que já estava saturado.

 Esse período, que ia das 17:00h às 18:00h, certas vezes o fazia se questionar porque gastou anos na faculdade de Jornalismo na Universidade Estadual de Iowa, longe da família e tendo que lidar com seu TEPT¹ - Decorrente das duas turnês do exército no Afeganistão que participou - por conta própria, todavia logo depois esquecia as dúvidas, pois ou vinha alguém para recompensar seu amor por qualquer música a qual já não estivesse cansativa, ou pelo fato de que em seguida era a hora do seu quadro de entrevista com representantes locais, líderes de movimentos, bandas de garagem, escritores e demais pessoas disponíveis que tinham algo a dizer.

 Depois de uns três minutos, o hit pop finalmente terminou, fazendo Bucky rapidamente voltar-se à mesa de som, tirar seu microfone do mudo, ajeitar o fone na cabeça, ver o nome da canção que estava tocando no seu caderninho de anotações e preparar-se mentalmente para o resto do programa.

 "E essa foi a música Sugar do Marron 5 pedida por nossa ouvinte Ashley! Espero que seu amado tenha entendido o recado" Sua voz soava animada como era pretendida para ser nesses instantes "Agora, vamos para a próxima ligação. Quem está falando comigo?"

 Ele acionou um botão na mesa de som a fim de poder abrir espaço para o radiouvinte falar. Estranhamente, quando fez isso, o que realmente se fez ouvido foi um "Ah, meu Deus" ofegante e diversos ruídos no fundo. Algo de errado estava acontecendo ali.

 "Olá? Pessoa, está tudo bem com você? Pode me ouvir?" Questionou calmamente, esperando que os chiados da ligação parassem e o indivíduo notasse que está no ar. Apenas a última expectativa aconteceu.

 "O quê? Mas a ligação funcionou mesmo? Desculpa, não esperava que eu fosse o próximo já" O timbre do interlocutor parecia ser masculino, embora estivesse notavelmente alterado por nervosismo e um sotaque do Brooklyn o qual reconhecia facilmente por ser o mesmo que possuía "Tô bem sim. Não, calma, não tô exatamente bem, sabe?"

 "Senhor, eu gostaria de compreender. Há algo que queira compartilhar?" Barnes não sabia o que fazer nessa situação, porque não era algo exatamente comum. Será que deveria desligar ou isso seria muito rude de sua parte?

 "Sim! Gostaria muito de dizer que meu cachorrinho acabou de sumir e estou desesperado. Ele é um Labrador, tem sete meses ainda, atende pelo nome de Napoleão – Está escrito na coleira vermelha..."

 "Senhor" Tentou interromper o monólogo do rapaz, porém foi em vão.

 "... dele isso. Vou dar recompensa para quem o encontrar e devolver. Sério mesmo, pelo que vi tenho uns 100 dólares e estou oferecendo."

Destiny [Stucky]Onde histórias criam vida. Descubra agora