Capítulo 3

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Ele

Ando de um lado para o outro naquele quarto mofado do motel.

— Então Dean, o que acha que pode ser? — Sam questiona.

— Mataram os vampiros, mas tem outra criatura na cidade? — Questiono.

Sim. Pensamos que era um fantasma no começo, tinha tudo para ser, está preso a uma casa, tem forma de fantasma e age por vingança, mas o sal e o ferro não o param. — Ele detalha e coço a cabeça em busca de uma resposta.

— Vou procurar algo no diário do papai ou o do Bobby. Caso encontre algo eu telefono.

Ok. Obrigado Dean. — Escuto uma conversa paralela soar.

Dean? — É a voz da minha mãe.

— Oi mamãe.

— Como as coisas estão ai? — Seu tom é preocupado e sorrio.

— Estão bem. Tenho um plano e pretendo ir embora em pouco tempo. Vai dar tudo certo mãe. — Eu falo e escuto o suspiro dela soar.

Tudo bem. Se cuida meu menino.

O bipe soa no mesmo instante em que a porta se abre e Miranda entra sem se anunciar. Sorrio minimamente para a figura feminina vestida feito uma religiosa, um visual que destoa totalmente do que ela vestia quando a conheci.

Até sinto falta da jaqueta de couro cobrindo a regata larga e das tatuagens.

— Como foi? — Questiono quando ela se joga na minha cama.

— O café com Matilda? — Maneio a cabeça. — Chato é elogio. — Ela diz e não me resta nada além de rir.

Miranda fora tomar um café com a mulher que conheceu na igreja, segundo ela faz parte do plano. Então que seja. Eu apenas permaneci aqui a esperando comendo um delicioso hambúrguer acompanhado de uma cerveja.

Me sento na mesa, abro o diário do meu pai e procuro entre as páginas esmaecidas algo que possa ajudar Sam e minha mãe.

— Procurando algo? — Ela questiona se sentando ao meu lado.

— Sim. Meu irmão e minha mãe estão com problemas, uma criatura que não conhecemos. — Digo.

Vejo os lábios dela se curvarem em um sorriso, ela se levanta e a vejo remexer sua mochila, um segundo depois ela está se sentando ao meu lado novamente. Põe sobre a mesa um livro de capa dura, a capa é de couro e sobre ela tem algumas pedras coloridas semelhante as de seus anéis.

— A primeira página foi escrita por Samuel, depois teve tantos outros e a última tem minha letra. — Ela sorri abrindo o livro. — Tem muito sobre o sobrenatural, desde os feitiços que a muito foram usados pela minha família, até as criaturas que já enfrentamos, ou seja, posso te ajudar. — Ela me sorri. — Fale mais sobre a criatura.

Digo a ela tudo o que Sam me disse, e alguns minutos depois vem a resposta.

— Aqui está. É uma Meniopé. — Ela me aponta as páginas escritas com uma letra de forma destorcida e um tanto apagada pelo tempo que o livro tem.

The Last Colt (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora