Capítulo 2

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Ela

Encaro Dean Winchester enquanto ele come de forma apressada o pedaço de torta. Eu me concentro nos detalhes das investigações registradas nas folhas, e vez ou outra dou um gole em minha cerveja.

Sim, são dez da manhã, mas que graça teria a vida se eu esperasse passar do meio dia para começar a beber?

— Eu falei com moradores da cidade, vizinhos, parentes e amigos das vítimas, todos me fizeram perceber que todas as vítimas tinha algo pecaminoso aos olhos dessa sociedade. — Digo quando noto seus olhos interessados sobre o meus. — Prostituição, sexo sem compromisso, vícios, ser gay.. — Digo apontando as fotos a cada pecado citado.

— Então ele está realmente limpando a cidade? — Ele decide confirmar.

Maneio a cabeça em confirmação. De forma involuntária movo minha mão e com meu polegar limpo o canto dos lábios de Dean removendo o creme de lá. Ele me olha assustado e só então percebo o que fiz.

— Estava sujo. — Dou de ombro.

— Obrigado... eu acho. — Por fim ele sorri.

— Podemos ir a paróquia em dia de missa... — Digo bebendo o último gole da minha cerveja. — Ele pode estar lá, vigiando todos a procura de um pecador.

Dean Winchester dá de ombros afastando o prato que desliza pela mesa. Silencioso, ele analisa as fotos das vítimas e suspira.

— Pode dar certo. — Diz de modo sincero. — Só não quero mais mortes.

— Também não quero, mas as vezes é inevitável. — Digo em um suspiro.

Dean me olha fixamente. De algum modo ele me entende, entende o peso de ter muitas vidas inocentes dependendo de você, um passo em falso e muitos podem morrer.

— Então... — Disse de modo leve. — Miguel está morto? — Questiono lentamente e ele arregala os olhos.

— Como sabe? — Ele questiona perplexo.

— Tenho muitas cartas na manga.— Sorrio.

Dean me analisa, seus olhos vão parar em minhas mãos, ele analisa os anéis em meus dedos, uma anel para cada dedo, apenas um aro de ferro com uma pedra, cada uma com uma cor diferente.

— Qual é a dos anéis? — Ele questiona.

 — Eles ajudam muito em caçadas. Minha família entendia de magia, temos um livro que passou de geração em geração, Samuel tinha o colt, eu tenho os anéis. — Eu digo balançando as mãos em sua frente. — é meio que nosso lance

— O que eles fazem? — Questiona de modo calmo.

— Ele estão ligados a mim, um sistema de defesa. — Sorrio colocando a palma de minha mão sobre seu braço. — Eu quero, ele faz.

Dean tira seu braço debaixo de minha mão e quando analisa sua pele, o choque em seu olhar é engraçado ao ver sua pele com uma pequena queimadura.

— Magia não serve apenas para maldade.

— Eu gostei disso, mas acho que a queimadura não era necessária. — Diz esfregando a pele machucada.

The Last Colt (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora