Thirty-seventh - I will kill him

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### ANY

O ensaio tinha sido ridiculamente estranho. Todos estávamos completamente desconfortáveis e parecia que tinha um grande elefante branco no meio da sala que ninguém queria nem tocar no assunto. No inicio, Steven já começou a complicar pelo fato de estarmos apenas em treze, mas depois de um tempo ele supero e tirou as fotos.

Era inegável que nós todos estávamos nervosos, já que aquele era o nosso primeiro photoshoot em grupo, e ainda mais depois da briga desnecessária que tinha recém acontecido e que não saia da minha cabeça de jeito nenhum. Alguém tinha nos sabotado, isso era inegável, mas quem seria tão cruel ao ponto de fazer o que fez? Joalin não tinha feito nada que pudesse justificar algo tão baixo quanto aquilo e eu tinha certeza que a pessoa que fez, fez por maldade.

Quando acabamos as fotos, tiramos as roupas e fomos dispensados. Eu e Hina corremos para o nosso quarto, esperando encontrar Joalin, mas ela não estava lá.

"Eu vou ligar pra ela." Hina falou puxando o celular. Fiquei parada esperando enquanto o telefone apenas chamava e caia na caixa postal.

"Ai meu Deus." Eu falei passando as mãos nos cabelos. "Eu devia ter vindo atrás dela mais cedo." Falei desesperada.

"Relaxa, ela não deve ter ido muito longe." Hina falou. "Vou tentar ligar de novo."

Puxei meu celular e abri minhas conversas, digitando rapidamente várias mensagens para Joalin. Alguns segundos depois ela ficou online e começou a digitar.

Ta tudo bem, to espairecendo a cabeça.

Fiquei uns segundos observando a mensagem e depois mostrei para Hina. "Você conhece a Jo." Hina falou tocando o meu ombro. "As vezes ela prefere ficar sozinha."

Concordei com a cabeça e me joguei na minha cama, com a intenção de descansar alguns segundos. Mas meu celular vibrou e eu o peguei, esperando que fosse mais uma mensagem de Joalin, mas era de um número desconhecido.

Não havia nenhuma foto e nenhuma mensagem de identificação, apenas um vídeo. Sentei na cama e dei play.

### JOALIN

Eu estava sentada no muro de proteção do terraço do hotel. No meio da semana, depois de um treino exaustivo, eu precisava de um tempo só pra mim, para poder descansar a minha cabeça. Foi assim que descobri como, sorrateiramente, chegar no terraço pelas escadas de incêndio.

Assim como naquela noite cansativa, eu precisava de um pouco de paz nesse momento.

Era obvio que eu não achava que Sabina tinha feito aquilo. A mexicana podia ter seus defeitos, mas ela nunca faria uma coisa como aquela. Mas na hora na raiva nós falamos e fazemos coisas sem sentido e hoje tinha sido um desses momentos.

Eu estava irritada, magoada e confusa, sem conseguir imaginar quem que teria feito o que fez. Mas a vista daquele local era realmente muito relaxante. Eu conseguia enxergar perfeitamente o parque do memorial e as montanhas de Hollywood Hills. Era uma vista maravilhosa e privilegiada, daquelas que você só vê poucas vezes na vida.

Fechei os olhos e suspirei fundo, tentando relaxar todos os músculos do meu corpo. Porém, foi nesse momento que senti duas mãos tocarem a minha cintura e um grito grave vindo do meu lado esquerdo. Rapidamente me lancei para a frente, mas lembrei que estava no muro do terraço e abaixo de mim tinham quase 20 andares de queda.

Soltei um grito e senti as mãos me puxando para trás, colando minhas costas a um corpo desconhecido. "Você quer se matar?" A voz grave com leve sotaque britânico que eu conhecia muito bem falou perto do meu ouvido.

What are we waiting for - Now United (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora