. 2 .

33 1 4
                                    


E Lukas não poderia ser mais feliz em ter aquela menina-mulher ao seu lado. Em saber que estava acordado mais uma vez com aquela militar enquanto era apenas um animador tentando fazer filmes. Era... apenas ela.

Levantou em um solavanco ao ouvir choros vindo do quarto das crianças, dando um pequeno sorriso e pegando Dante Matteo com calma. Não queria que a mulher acordasse, não no seu aniversário, não naquele tipo de data. Tinha conseguido convencer Adhara Letícia a acordar cedo com ele em um sábado para conseguirem fazer alguma surpresa à militar, a qual tinha apenas aquele dia para dormir até tarde, e não dispensava a oportunidade. E, assim que percebeu já ser cedo, acordou a mais nova, partindo para a cozinha e começando a organizar tudo.

A grande parte da arrumação foi o pai rindo das graças que a menina fazia, isso enquanto cuidava de um bolo caseiro que tinha aprendido a fazer há duas semanas e que torcia para não queimar ou ficar ruim. E já era perto das dez horas quando ouviu a mulher reclamar para se levantar, e tudo estava pronto com pequenos detalhes de cada lado — um típico virginiano não deixaria nada passar.

Uma enorme faixa que Adhara tinha feito escrevia um "feliz aniversário" pendurado no teto. A mesa estava pronta com alguns enfeites infantis de princesas, suficientes para fazer a garota rir de tudo, pois sabia que Lukas fazia aquilo para soltar, depois, um "você é a minha princesinha". E, no meio dela, o bolo feito, com um rádio tocando "Exagerado", a música dos dois, em um som baixinho. Aproximou-se com calma e a deixou um beijo na testa, passando a mão pelos cabelos encaracolados da mulher.

— Feliz aniversário, minha rainha — sussurrou, abraçando-a — A promessa dos 24 anos foi a melhor que eu já fiz na minha vida.

Deixando-a sentar com Adhara no colo e Dante no seu, Lukas apenas observou como aquela era sim a mulher que tanto esperara. Porque era apenas ela que podia fazê-lo sorrir e ficar acordado até tarde em se preocupar com o que fazia — ou, também, que fazia ele ir dormir mesmo quando precisava terminar uma cena e já era muito tarde. Mas, era aquele tipo de tratamento que precisava, de alguém que fosse sua casa e que o mostrasse os perigos do que estava fazendo. Ele simplesmente precisava daquela menina que amava Renato Russo e que era uma ariana chorona.

Sim. Ele precisava dela, assim como ela precisava dele.

Ela era a metade da alma que Lukas sempre procurara.

. to luizaOnde histórias criam vida. Descubra agora