Essa é a história do WM e a Majo.
E logo após, do Menor e da Bruna.
É um conto curto, que vai apenas contar alguns detalhes desses casais que a gente tanto ama.
Lembrando, essa história é continuação de "Réu" e "Refém", então, recomendo que leia pa...
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WM
Me chamo Willian Magalhães.
Tô aqui na Rocinha sozinho, desde meus 18 anos. Sou motorista do bando do Rato, e faço as vezes de sub do Pezão.
No meu caso, eu não entrei pra essa vida criminosa por necessidade, e se eu não tivesse exemplos disso do meu lado, diria que isso não existe.
Entrei porque era muito dinheiro entrando, curtição a Vera e muita puta jogando. E eu era novo, tinha nada que presta na mente, então entrei pra essa vida e não sai mais.
Também não me arrependo. Faço o que faço porquê eu gosto e pega nada pra nós.
Tô aqui no Rio de Janeiro só, mas isso não quer dizer que eu sou largado no mundo.
Meus pais e minha irmã tão vivinhos da Silva e gozando de plena Saúde. Só que tão longe pra caralho, e é melhor assim.
Dona Glória é uma negona de respeito, agora vc me pergunte como eu saí loiro dos olhos azuis? Meu pai. Painho era um turista Americano que se encantou pela baiana. Eu sou todo seu Marcos. Ao contrário de mim, Giovana minha irmã, é mainha todinha. Melanina domina ali. Nós somos do interior da Bahia, cidade pequena e praiana, chamada Prado.
Quando completei 18 anos, meu pai queria me dar um presente, e me perguntou o que eu queria. Meus pais tem uma condição boa, não são ricos, mas podem dar algum luxo a mim e a minha irmã. Então, naquele momento, eu pedi a ele uma viagem pelo Brasil.
Queria viajar e conhecer meu país de fora a fora, sozinho. Eu sempre gostei de dirigir, é uma coisa que me acalma, e sair só com uma mochila dentro de um carro com tanque cheio me fascinava.
Então, foi só o tempo de eu tirar a carteira de motorista, e eu tava na estrada. Passei pelo sul, e descobri que as gaúcha tem as beirada de baixo rosinha igual as bochecha delas, mas em compensação, são cheias de frescura.
Cortei pra Goiânia, fiquei uns 15 dias. Curti muito o famoso Villa Mix, putaria é ali viu meu irmão, Carnaval de Salvador chega nem perto.
De lá, segui viagem. Passei em várias cidades até chegar em Manaus. Lá eu vi o encontro dos rios Solimões e negro, e meu irmão eu juro por Deus que teve uma onda gigante no rio. Lá os cara me explicou que chamava pororoca... Coisa de doido aquilo.
Lá também tinha outro negócio legal, a tal lenda do boto. Eu rachei quando me contaram. Eu não acreditei, mas quem sou eu pra desmentir a crença milenar do povo né. Só sei que eu fui o boto de algumas moça lá. Égua!
Passei pelo Pará, e dancei uns Calypso maligno lá. Comia açaí demais lá, de manhã, a tarde e a noite. O nordeste era mais próximo da minha cultura, então nem interessei muito em explorar. Por isso, de lá desci pelo Tocantins, pegando um pedaço de Goiás, até chegar em Minas Gerais.