Everybody tells

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- Está tudo bem, queridos? - a voz de Jay pode ser ouvida. 

- T-Tudo, mãe. - Louis engasgou. 

- Vocês não querem nada? Um suco ou uma água, talvez? 

- Não, não precisa. -assegurou, engolindo em seco ao sentir as grandes mãos de Harry subirem por suas coxas em direção a sua bunda. - Se precisarmos de algo eu posso descer pra pegar, Harry está me ajudando em um trabalho de uh...ciências. 

 Louis pode escutar Harry dar uma risadinha antes de colar a boca em seu pescoço e apertar sua bunda com força. 

- Oh, tudo bem. - confirmou Jay. - Vou estar na varanda de fora com os pastores, se precisarem de algo é só chamar. 

Logo o som dos saltos de Jay contra o revestimento de madeira da casa pode ser ouvido. Em seguida o silêncio reinou, sendo quebrado apenas por um estalo. 

- Filho da puta! - Harry rosnou, levando uma das mãos ao rosto e soltando o menino de qualquer jeito pela cama. 

Louis sentia sua mão queimar, mas arrependido? Não. Tinha vontade de marcar seus dedos no imaculado rosto do filho do pastor a bastante tempo e essa havia sido a oportunidade perfeita.

- Nunca mais encoste um dedo em mim novamente! - vociferou sentindo a raiva tomar o lugar da excitação de segundos atrás. Onde ele estava com a cabeça? Não poderia ceder assim tão facilmente, ou melhor, não poderia ceder! Ainda era o falso-santo-Styles ali, o queridinho da cidade e, acima de tudo, o filho do pastor! 

- Você não estava reclamando cinco minutos atrás. -replicou, fazendo que o sangue de Louis esquentasse. 

- Cala sua boca! - mandou - Isso foi um deslize e não vai acontecer novamente. 

- Ah, claro. - Harry zombou, revirando os olhos. 

- Eu juro que se você não calar essa boca eu vou a calar com um murro, Styles! -gritou.- Eu não vou transar com você! 

Harry deixou que um sorriso se formasse em seus lábios vermelhos e seus olhos pareciam mais escuros. 

- Eu acho que você não entendeu, docinho. -assegurou, fazendo com que Louis vacilasse por um segundo.- Eu não me importo com o que você acha, com o que você quer e muito menos com o que você sente. Não importo se vai ser aqui, se vai ser no Sagrado, em motel qualquer de estrada ou no pátio do colégio na frente de todos daquela escola imunda. Quando eu quiser transar com você, eu vou transar com você. E sabe o que mais? Você vai adorar, Louis. Porque no fim você é um sadomasoquista tão filho da puta quanto eu. 

Wow. 

Seria errado Louis admitir que sentiu seu baixo ventre se repuxar graças a voz grossa de Styles proferindo tudo isso? 

- Vai embora daqui! -sussurrou, tentando a todo custo não se deixar levar pelas palavras do outro. - Anda, Harry, eu quero você fora daqui agora! 

Harry riu. 

- Se é assim que você deseja... -Harry riu se pondo de pé e caminhando em direção a porta. Seus olhos verdes passeavam por cada canto do quarto e Louis engoliu em seco. - Ah, só mais uma coisa. Esse quarto fede a fraldas, talco e ursinhos de pelúcia.

Louis não pensou duas vezes antes de pegar a primeira coisa que veio a sua frente e tacar em direção a Styles, que conseguiu se esquivar e saiu pela porta dando uma grande gargalhada.

- Até mais, docinho. 

Tomlinson escutou o som dos passos pesados de Harry ficarem mais distantes a cada segundo enquanto fitava atônito seu despertador totalmente despedaçado no chão. Ele tentava encontrar coragem de si para enfrentar tudo o que vinha acontecendo em sua vida. 

Dark lightOnde histórias criam vida. Descubra agora