Tudo está acontecendo como o previsto, mas ainda da forma errada.
Alesso e Gaya De'Alcan, Cler Cianne e Anthony Ettore descobriram uma forma de evitar a guerra entre seus mundos. Mas vampiros e bruxas parecem não colaborar, assim como os lobisomens...
– Estou de volta ao mundo que conheço, mas descobri-lo terá seu preço. Depois da visão era importante esperar, não antecipar o tempo e a cada minuto respirar. É angustiante saber o que está destinado a acontecer, mas mais ainda não saber se iremos de fato vencer. Durante semanas nada aconteceu, até que nos encontramos e talvez aí, tudo se perdeu.
Durante alguns meses Alesso e Cler, Gaya e Anthony viveram suas confusões emocionais em segredo e em paz. Mas a visão da guerra entre vampiros, lobos e bruxas nunca havia deixado o vampiro. Ele havia contado para os outros e as consequências os atormentavam.
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Em um dia de inverno frio e nublado em Gamado, os quatro caminhavam as beiras do Lago Negro, um pouco deserto por conta do clima, mas mesmo que suas roupas de inverno não barrassem, a baixa temperatura não os incomodavam. Embora os gêmeos não tivessem qualquer problema com qualquer temperatura. Alesso falava durante o percurso:
– Temos que encontrar alguma solução para o que vi acontecer!
– É comum o que aconteceu com você? – Perguntou Anthony.
Gaya respondeu por seu irmão:
– Não. Também não sabemos como ou por quê isso aconteceu!
Com cara de alguém que havia acabado de se lembrar de algo Cler começou a dizer:
– As bruxas têm um feitiço para condições futurísticas. Isso te manipula e te faz ver o que queremos.
– Mas como vi tanto? – Indagou Alesso. – Se era apenas sobre os humanos e sobrenaturais, por que vi tanto de nós quatro?
– Energia cósmica! – Respondeu a bruxa de cabelos dourados. – Sempre há uma brecha em feitiços. Você vê o que queremos, mas pode te fazer ver além disso, ver o que está destinado a acontecer.
– Então de qualquer forma estaríamos sem saída nisso! – Comentou Gaya.
– A pedra de sangue! – Anthony pensou alto e em seguida começou a explicar parando seus passos junto aos outros. – Existe uma pedra que nossos anciões usavam entre eles. Ela absorvia seus sangues e ligava suas vidas. Isso era para evitar atrocidades e desavenças entre eles. Estar numa posição maior sobre os outros era excitante e os tornava perigosos em suas decisões. Então, se um ancião morresse todos morreriam.
– Nossos ancestrais já passaram por essa cidade antes. Mas em mudanças governamentais destruíram suas casas sem darem tempo suficiente para carregarem suas coisas. Então a pedra se perdeu nos destroços em 1971! – Completou Cler.
– O que fizeram com os destroços? – Perguntou Gaya.
– Não sabemos, nunca disseram se a pedra saiu de lá. Mas no lugar construíram o Colégio Futuro!
Gaya disse:
– Se enterraram os destroços e fizeram a construção sobre ele, talvez ainda esteja lá! – Ela fez um breve silêncio e logo falou em baixo tom. – É a única chance que temos.
