Capítulo 4

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-- Todos contam histórias e histórias contêm vários lados. Todos criam suas próprias, mas quem irá contestar os fatos? Aqueles que as repassam sempre guardam algum segredo. Pois a verdade das palavras é o que trás o medo. Há capítulos que não precisam ser contados em pauta.  E há outros que só não precisam serem ditos em voz alta. Mas quem viu tal história acontecer sabe retratá-las. Mas se este morrer, quem irá contá-las?

A forte luz branca amarelada do sol cegava aqueles que ousavam à encarar dentro do galpão. Alesso e Gaya tiravam seus antebraços da altura de seus rostos e abdômen. Eles sentiam o calor em sua pele, mas aquilo não os queimavam. Cler se levantava do chão e se posicionava atrás deles enquanto que Anthony aparecia a frente dos vampiros pondo sua sombra sobre eles. O bruxo estava com os olhos estreitados, como se forçasse algo mentalmente.

– Os mataríamos se quiséssemos! – Falou Anthony.

– E por quê não acabaram com isso de uma vez? – Indagou Alesso.

– Vocês sabem porquê. – Falou Cler.

– Vocês sabem que não têm que se preocuparem conosco! – Exclamou Gaya.

– É o que vamos fazer! – Retrucou Anthony.

Nesse instante ele parou de estreitar seus olhos e no mesmo segundo a pele de Alesso e Gaya tomou uma leve vermelhidão e em seguida queimava em alguns pontos, como testa e bochecha. E enquanto os quatro se encaravam, os De'Alcan deram dois passos lentos para trás, ficando sob a sombra de um ponto no galpão que a luz do sol não invadia. E assim, os bruxos partiram os deixando ali até que a noite viesse. O que não demorou muito.

Foi um dia entediante depois da briga, presos naquele lugar até que o sol começou a se pôr por trás dos prédios de Gramado. E quando Alesso e Gaya saíam do galpão, o celular da garota tocou. Havia recebido uma mensagem de Alana dizendo que não havia os encontrados no Saint Andrews. Gaya por sua vez respondeu dizendo para ela os encontrar no caminho de sua casa.

E assim fizeram. Se encontraram a alguns metros da mansão em meio as árvores. Matheo estava logo atrás de Alana. Mantendo a cabeça meio baixa como se seu escondesse algo.

– Aqui está. – Ela entregou a pedra de sangue para Alesso – Onde estão indo?

– Acabar com isso! – Respondeu Alesso.

Matheo se aproximou e então eles viram que o garoto não era mais o mesmo, não era mais humano, era um vampiro.

– Matheo, o que aconteceu? – Perguntou Gaya.

– Essa foi a consequência de matar Atos.

 Os irmãos ficaram surpresos.

– Entre e nos espere, quando voltarmos conversamos! – Propôs Alesso.

Alesso, Gaya e Alana começaram a adentrar a floresta. Na tentativa de obedecer o comando Matheo se aproximou do Saint Andrews e viu o salão já movimentado por outros vampiros que o encarava.

– Calma, eu vou com vocês! – Gritou Matheo, se apressando em alcançar seus amigos.

***


A madrugada nublada chegava. Os quatro vampiros estavam parados a 7 metros da caverna que Alesso vira os lobos em sua visão. Do escuro da caverna começaram a se tornar visíveis sombras e depois corpos. O alfa seguia a frente segurando uma garota pelo braço. A jovem usava um jeans já velho, uma blusa de mangas compridas cinza claro e um coturno também desgastado pelo tempo. Seus cabelos castanhos passavam da metade de suas costas, ela estava fraca, sua pele estava pálida e seus olhos estavam com suas íris castanhas de um tom apagado.

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⏰ Última atualização: Jan 20, 2020 ⏰

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