A cidade se apaga por uns instantes,
Acendo um cigarro
para aquecer o pulmão,
e esfriar a cabeça.
O céu está bonito,
e depois de muito tempo,
consigo ver algumas estrelas.
O céu está cheio de fantasmas.
E como sempre,
está tudo ali,
as pessoas conversando, ou brigando,
os carros,
as motos,
os grilos,
o mundo ainda esta ali,
tudo existindo como sempre.
Ultimamente tenho me matado com mais frequência,
nos cigarros diários,
nos versos nem tão frequentes que escrevo,
nas fodas,
nas pessoas,
nas conversas,
na existência.
Eu estou morrendo,
pouco a pouco,
e não tem nada de errado nisso.
Afinal, todos a minha volta também estão.
O mundo é rápido demais,
não consigo acompanhar ninguém,
mesmo com a minha hiperatividade.
Está tudo desmoronando,
eu estou me esvaziando cada vez mais,
o álcool já não tem mais o mesmo gosto,
os cigarros me confortam,
tenho medo do que estou me tornando,
tenho medo do futuro,
e o passado me assombra.
Mas,
O céu está bonito esta noite,
até consigo ver as estrelas.
então
está
tudo
bem.
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Magenta
PoesíaPoesia tosca, sem jeito e sem graça. Mas vindas do fundo das entranhas confusas de um pseudo poeta. O vermelho enfraqueceu, e esfriou, mas não arroxeou. Agora resta apenas, o novo e confuso magenta.
