Capítulo 27

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Débora narrando

Deb: Me dá essa tua camisa?: pedi e ele me olhou: Por favorzinho.

BH: Toda sua!

Deb: mano, tem algo errado contigo! Tu tá muito friend, e isso não é normal!

BH: Eu tô de boa... só me faz o favor de vesti uma roupa, não tá dando para ver você andando pelo quarto só de toalha: falou e eu tirei a toalha vestindo um short e uma blusa cinza: E, a gente precisa voltar pro morro...

Deb: Infelizmente.

BH: Eu prometo que assim que eu tiver um tempinho, a gente volta aqui...

Deb: Eu vou cobrar, em... :falei e ele riu.

                            ***

Entrei em casa e vi que tínhamos visitas... minha mãe estava na sala com duas senhoras da igreja, suponho que orando...

Tentei passar despercebida, mas não foi possível...

Célia: Débora, quanto tempo menina, faz tempo que não a vejo no culto...

É, depois daquela confusão toda a Igreja fechou, mas algumas semanas depois reabriu em outro espaço.

Deb: é, esses dias eu ando meio sem tempo...

Tereza: Não fale isso... Menina, sempre deve haver tempo para ouvir a palavra do senhor!

Lena: Eu vivo falando isso pra ela e para a Fábiola, mas esse filhos de hoje em dia não escutam os pais!: falou e eu revirei os olhos...

Deb: pessoal, Licença,  minha irmã está me esperando! :falei e caminhando até o meu quarto...

                              ***

Dois meses depois

A Fábi e eu estávamos no sofa da sala assitindo uma telenovela, quando o barulho de fogos seguido por uma sequência de tiros nos interrompeu...

Fabi: Débora, o que a gente faz...

Deb: Você não faz nada, apenas deita no chão!: falei indo em direção aos quartos...

Fabi: Onde você vai?

Deb: Fechar as janelas!: entrei no quarto dos meus pais e fechei as duas janelas...

Fabi: Volta, isso é perigoso...

Deb: na realidade, perigoso seria se alguém entrasse aqui!: fechei a janela do meu quarto, e no da Fábiola não tinha nenhuma aberta...

Fabi: Débora, eu tô com medo...

Deb: Eu sei meu amor, eu vou só trancar a porta da cozinha e já volto para ficar contigo: falei, no momento em que ouvi algumas vozes vindas do quintal de casa...

Olhei por buraquinho que tinha na porta e meu corpo estremeceu, a porta que dava para a outra rua estava aberta e tinha no mínimo 6 homens armados nos fundos da nossa casa...

Voltei em passos lentos até onde minha irmã estava, com muito cuidado para não fazer barulho...

Deb: Vem, aqui não é seguro!: falei puxando-a para o banheiro...

Fabi: o que tá acontecendo?: Perguntou assim que eu tranquei a porta do banheiro...

Deb: Tem muitos homens armados lá nos fundos da nossa casa, mas vai ficar tudo bem...

As poucos os tiros foram diminuindo, até que chegou o momento que nem mesmo eram ouvidos.

Uns 10 minutos depois os tiros pararam, respirei fundo e abri a porta...

Caminhei até a porta da cozinha abri a mesma... encontramos dois corpos e muito sangue...

Fabi: Débora, a mamãe chegou...

Lena: Minhas meninas eu... :parou de falar quando viu os corpo: Misericórdia!

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Continua?💚

Meu Ponto FracoOnde histórias criam vida. Descubra agora