Capítulo 49

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Débora narrando

Meu corpo todo tremia de raiva, eu mal conseguia segurar aquela arma, mas me mantinha ali.

Deb: Você é um desgraçado! Como você pôde fazer aquilo?: ele gragalhou: Eu vou te matar, filho da puta!

BH: Débora, para com isso. Seja lá o que for, a gente resolve. Mas abaixa essa arma, você vai acabar de machucando.

MT: Você acha mesmo que ela não quis? Tu é iludida pra caralho, em. Tua irmã é mercenária.

Deb: Não fala assim dela!

MT: vai atirar, cunhadinha?: perguntou rindo: Mas é bom tu atirar pra matar, porque se não eu mesmo faço questão de acabar contigo!

BH: Vai porra nenhuma! Tu não toca em um fio de cabo dela, tá me ouvindo?: encarou ele: E bora acabar com isso! Parecem duas crianças: caminhou pra perto de mim: O que acontecendo? Você não é assim. Abaixa essa arma.

Deb: Você não me entende. É a minha irmã, ela não pode passar por isso também.

MT: Sabe o qual é o problema? Tuas asas tão grande de mais. Isso é falta de surra!: tirou a arma da cintura: Tu pode até se criar pra cima do meu irmão, mas eu não sou trouxa!

E depois daí, foi tudo muito rápido.
Ele veio pra cima de mim e o Bruno entrou no meio.
Eu fiquei nervosa e atirei.

Atirei na pessoa errada.

Quando vi o braço dele sangrando, eu não aguentei.
Comecei a chorar desesperadamente e soltei a arma no chão.

Deb: Meu Deus. Eu não queria fazer isso. Me desculpa, amor. :me aproximei dele que me olhou na hora: Eu vou cuidar de você.

BH: Pelo menos tu largou a arma, né?!: sorriu: foi só de raspão.

Deb: Tem que limpar pra não infeccionar. :olhei pro braço dele que sangrava: Me desculpa mesmo. Eu não queria te machucar.

BH: Relaxa. Me espera no carro, vou só resolver um negócio! :me entregou a chave.

***

Deb: Pronto. :Ajeitei o curativo no braço dele.

BH: Até agora você enrolou, enrolou e não me disse porra nenhuma. :seu semblante estava sério: Ainda tô no aguardo das explicações.

Deb: Eu já pedi desculpas dezenas de vezes.

BH: Não. Não é. :me olhou: Porra,  Débora. Eu já te falei que não tô com nenhum ressentimento. Mas eu preciso saber.

Respirei bem fundo na tentativa de me manter calma e me deixei ao seu lado na cama. Fiquei encarando o teto por alguns segundos e resolvi falar.

Deb: Como você já deve ter percebido, a minha irmã e aquele lá se envolveram. Ela me falou que no início era tudo muito lindo, mas não durou né!? Ele só queria levar ela pra cama, e obviamente conseguiu. :olhei para ele: Depois da primeira vez, ela tentou sair fora, mas quem disse que ele deixou!? Todo aquele romance de antes foi embora, o desgraçado começou a ser violento com ela. Mas até hoje, na verdade ontem, porquê já passou da meia noite, as agressões eram mais leves. Se é que isso é possível. :não consegui mais segurar as lágrimas: Ai eu cheguei da faculdade e ela tava moída. Toda machucada. E sabe o pior? Ele forçou ela. Ele violentou a minha irmãzinha. Depois dela abrir o jogo comigo bateu um sentimento de culpa, sabe?! Eu deveria ter protegido ela. Eu não pensei, apenas agi dominada pela raiva. Em sã consciência eu nunca faria aquilo.

BH: Pô, minha loira, para de chorar. Assim tu me quebra. :me puxou para um abraço, mesmo com dificuldade.

Deb: Sendo sincera contigo, eu me arrependo, mas de não ter atirado nele na minha primeira oportunidade.

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Meu Ponto FracoOnde histórias criam vida. Descubra agora