Nossa, cê tá estranha

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Como o lápis, eu me apago fácil

Só deixo aquelas marcas que todos odeiam

Eu sou a imperfeição

Você me estranha

Fala que eu tô diferente

Eu tô a mesma

Só porque eu tô sofrendo

Não significa que eu esteja estranha

Sabe eu tô tentando me acostumar

Com os remédios que eu tenho que tomar

Minha depressão me impede de sorrir

E os remédios me impedem de chorar

Parece que eu fiquei insensível

Mas não,

Só tenho minhas emoções bloqueadas

Talvez pra mim não exista saída

Mas não tem problema

Já estou acostumada

E sei que a única saída é eu partir

Daqui alguns anos talvez

Não, eu não pretendo me matar

Eu já desisti disso

Talvez eu morra velha

Ou com alguma coisa assim

Mas eu não pretendo me matar.

Diário de uma garota depressivaOnde histórias criam vida. Descubra agora