E mais uma vez lá estava eu,
Perdida em meio a uma escuridão
Que não parecia ter fim.
E sempre que eu parava para pensar
as coisa só piorava.
Piorava por saber que estava
lá por minha culpa
e não tinha a quem culpar.
Eu estava perdida no abismo que eu mesma criei,;
Estava perdida em meus pensamentos.
E por mais que eu tentasse eu sempre me pegava presa a algo que não me fazia bem,
a algo que me torturava,
À algo que sempre queria me ver sangrar.
E a cada palavra que eu dizia
quando me perguntavam
se eu estava bem,
Era o meu mais sincero pedido de socorro.
O que eu mais queria era poder
sair daquele abismo.
O que eu mais queria
era que alguém
que me fizesse enxergar
o perigo de estar ali,
perdida,
com medo,
aflita,
e sem me sentir inteira.
Mas ela que sempre
me acolhia em seus braços
por mais dolorosa
e agonizante que fosse
era ela que estava comigo
independentemente dos meus erros
Era ela que me fazia companhia.
Ela nem sempre é tão ruim,
Na verdade ela é a única
que não nos deixa sozinhos,
ela é a única que nos acolhe
e não te julga pelos seus erros.
E antes que me perguntem quem é essa "ela"
Eu lhes apresento a minha amiga solidão,
Mas como gosto de chamá-la,
A minha amiga SOLITUDE.
Roberta Vilas Boa
VOCÊ ESTÁ LENDO
Simples Poemas
Poesía"O poeta pode contar ou cantar as coisas, não como foram mas como deviam ser; e o historiador há-de escrevê-las, não como deviam ser e sim como foram, sem acrescentar ou tirar nada à verdade."
