A Companheira do rei dos vampiros

Prata

Malu narrando

Parecia que nós estávamos andando a horas, quando pensei que não podia piorar, a bateria do celular de Miguel acabou, pois é descobri o nome dele.

Tivemos que andar no escuro mesmo, não que isto fosse o maior problema, estávamos com fome e estava muito calor por estar tudo fechado, até tentamos sair por algumas janelas, mas as mesmas tinham grades.

-Estou com sede.

Reclamou Miguel.

Eu-Eu também, mas a Única saída são as escadas.

Ele bugou mais continuou andando, depois de algum tempo achamos finalmente o corredor do quarto de Matthew... Mas espera um pouco... Quando eu li o diário de Matthew estava escrito que seu pai o tinha trancado no quarto. Sua mãe tinha ido levar comida para ele por uma passagem... Provavelmente... As escadas, é lógico! Como não pensei nisso antes?

Comecei a puxar Miguel para a direção do quarto de Matthew - Que era no final do corredor - quando íamos entrar no quarto, senti Miguel ser puxado para longe, só ouvi ele batendo contra a parede do final do corredor.

Eu olhei para trás e vi uma sombra que me encarava, ele estava coberto por um manto velho, não dava para ver seu rosto.

Eu não pensei muito bem, só fui correndo para o final do corredor, tanto para me afastar dele quanto para ajudar Miguel a se levantar.

Quando eu levantei Miguel nós olhamos para frente e não vimos mais ninguém, derrepente comecei a me sentir sufocada e percebi que alguém estava me sufocando por trás.

Miguel tentou me ajudar, mas não deu muito certo e ele acabou sendo jogado para o lado, bateu na parede de novo e desmaiou. Eu entrei em desespero.

Segurei as mãos que estavam no meu pescoço e tentei tirá-las do meu pescoço, porém não consegui nada, as mãos da pessoa estavam frias, pareciam até a de um... Cadáver.

A última coisa que senti foi minha vista ficando turva e sentindo muita falta de ar, quando desisti de tentar me soltar só senti meu corpo caindo no chão. Não cheguei a encostar no chão, antes disso senti meu corpo sendo jogado no ombro da pessoa, como seu eu fosse um saco de batatas.

Não apaguei completamente, podia parecer estava dormindo mais meu subconsciente estava meio que acordado, senti que meu corpo foi deitado em algum lugar, então senti dois dedos gelados na minha testa, eu não estava de olhos abertos mais ainda assim vi uma luz saindo de seus dedos e então... Apaguei.

~Quebra de tempo~

A

cordei e abri os olhos devagar, tive que esperar um pouco até me acostumar com a escuridão do quarto. Olhei para os lados procurando Miguel e suspirei aliviada ao achá-lo deitado em uma poltrona um pouco desconfortável.

Onde nós estamos? Olhei ao redor e vi que era um quarto que provavelmente no passado, já foi bem bonito e elegante, ou coisa assim. Tinha uma cama de saca, na qual estava deitada, uma penteadeira, uma mesinha ao lado da cama com abajur.

Uma poltrona perto da porra da varanda, que era onde Miguel estava deitado, fui até ele e o chacoalhar, o mesmo demorou um pouco, mas acordou.

Miguel-Quem é você?

Se colocou de pé em "posição de ataque", eu revirei os olhos, com sua posição não me acertaria mesmo se quisesse aliás, ele era fraco e mesmo se acertasse poderia ser imobilizado rapidamente.

Eu-Sou eu Miguel.

Ele voltou ao normal e me olhou parecendo um pouco aliviado ele olhou ao redor e então voltou a ficar com o corpo tenso novamente.

Miguel-Aonde estamos?

Perguntou virando para mim.

Eu-Não sei, quando eu acordei já estava aqui também.

Ele deu de ombros e foi até a porta, eu fui atrás dele torcendo para a porta não estar trancada, ela era feita de prata, ai você me Pergunta como fizeram uma porta de prata? E eu respondo, não tenho a mínima idéia.

Só sei que isso é ruim, prata queima lobisomens e eu não sei se lembram, mas eu sou parte lobo também, se estiver trancada, não vou ter nem chances de arrombar.

Sem falar que meus poderes não funcionam o que é um saco.,Miguel tentou abrir, mas como eu temia a porta estava trancada, quando me aproximei da mesma, já senti minha loba se agitar.

Miguel-Por que não arromba?

Pergunta ele sério.

Eu-Sou uma híbrida, não sei se você sabe mais prata queima lobisomens.

Miguel-Eu vou tentar mais não acho que vou conseguir.

Ele começou a chutar a porta e eu franzi a testa, Dona Maria seu neto precisa ser treinado urgentemente, vou fazer isso pela senhora, se nós conseguirmos sair daqui logicamente.

Depois de Alguns segundos Miguel caiu no chão cansado e eu franzi o cenho, derrepente ouvi um barulho na porta e puxei Miguel para longe dela.

-Ele mandou eu trazer para vocês...

Era uma voz feminina, estava um pouco mais grossa do que deveria, parecia um disco arranhado... Ela tinha uma bandeira em mãos, deixou no chão e derrepente desapareceu e a porta se fechou, eu até tentei correr para segurá-lo, mas a única coisa que consegui foi uma queimadura na mão. Droga!

Miguel-É comida.

Ele sussurrou e eu me virei para ele ainda segurando minha mão queimada, como essa parte "prendia" Nossos poderes, eu não conseguia me curar tão rápido.

Eu-Espero que não tenha veneno.

Sem pensar muito bebi um copo de água cheio. Eu ainda estava grávida e precisava Alimentar meus bebês, por enquanto a única coisa que posso fazer é sobreviver e... Não morrer.

Me pergunto se Matthew ainda não percebeu minha falta, eu quero chingá-lo de todos os nomes possíveis, por que ele não vem logo? Para que serve essa ligação de companheiros se ele nunca a usa?