2. Morador de rua

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- Por favor mãe, eu juro que eu procuro um emprego, mas não me deixa virar um morador de rua - O Kim se ajoelhou no chão querendo pedir perdão à mãe, mesmo sabendo que não daria certo.

Quando a morena decidia algo, era aquilo e ponto final. Nem o biquinho fofo de Taehyung, ou aegyo dele, ou a manha, a birra ou a tática de se ajoelhar no chão não funcionavam mais. A mais velha já havia aprendido a lidar com o filho.

Desde que ele voltara para Seoul sua vida havia complicado. Mais uma boca para alimentar. Mais roupa para lavar. Mais responsabilidades. E menos tempo de realmente viver. Porque o trabalho a consumia em todos os sentidos.

Além disso tudo, ela ainda tinha que aguentar as tantas vezes que o primogênito levava algum homem ou mulher para dentro de casa. Ela já estava cansada de tudo isso. Ao contrário do mais novo, que, mesmo no mínimo emprego que conseguia, ele era demitido pelo chefe depois de ir para a cama com eles.

Taehyung nunca fora uma pessoa romântica ou carinhosa com seus parceiros. Desde o dia em que foi rejeitado por um menino da escola na frente de todos os alunos do colégio, ele se culpa por ter sido tão ingênuo, e esse é mais um dos motivos para que ele viva a vida que tem hoje.

- Você precisa viver de uma maneira menos radical, Tae. Faça novo e amigos, interaja com seus colegas de trabalho, qualquer coisa - a morena suspirou e olhou o filho ajoelhado em sua frente - Eu realmente poderia ser menos extrema, mas você já não me permite isso. Algo parece estar muito errado na sua vida, Taehyung. Desculpa, mas eu não aguento mais.

- Eu juro que eu mudo, mãe. Me dá mais uma chance? - Ele olhava para a mais velha com lágrimas nos olhos e esperava alguma coisa vinda de si.

- Eu não aguento mais você trazendo um homem ou uma mulher diferente todo dia aqui para casa, querido. Eu preciso fazer isso. Te dou mais uma semana até você achar sua casa própria e um emprego fixo, meu bem. Depois você vai embora do meu apartamento - Ela diz com a voz firme e vira as costas sem dar a chance de Taehyugm se defender.

O loiro bufa em resposta e sente seus olhos marejarem. Levanta do chão frio e caminha vagarosamente até o quarto. Ao passar pela porta de sua mãe ouve a mulher falando com o marido pelo telefone, este que estava no Japão trabalhando com mais uma farmácia. A filial era grande e se expandia cada vez mais, deixando a todos - menos o filho mais novo - surpresos.

Taehyung sempre foi o preferido do pai, até este descobrir o que o loiro - naquela época, ruivo - andava fazendo por entre todos os países que passava.

Depois da decepção no colégio, Taehyung tornara uma pessoa fria e, ao mesmo tempo, quente. Nunca houve problemas em sua vida. Era como uma rotina. Arranjar um emprego com um chefe bonito, ir para cama com ele ou ela, e talvez, com os funcionários, e ser demitido logo depois.

Mas, por uma burrada cometida três anos atrás por conta de um vacilo seu com um de seus ex, tivera que começar a fugir do mais velho. Min Yoongi era dono de uma fábrica de telemóveis e eletrônicos em geral, sempre alegre, isso até conhecer Kim Taehyung, este que, por não dar o devido amor ao Min, começou a ser perseguido pelo menor e, desde então, não conseguia mais ter paz.

O Kim tinha apenas um amigo com quem tinha certeza que podia contar qualquer coisa. Park Jimin. Após se conhecerem no Twitter, os dois não se largaram mais. Almas gêmeas, como muitos diziam. E ambos sentiam que poderiam confiar de olhos fechados um no outro, mesmo sem nunca terem se visto de verdade. Ou pelo menos Taehyung sentia isso.

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UM BILHÃO DE DESCULPAS, EU JURO QUE NÃO FOI A MINHA INTENÇÃO

Apesar de não ter ninguém além de mim e da minha mãe lendo isso, eu me senti mal por não ter postado sexta e sábado, mas eu estava EXTREMAMENTE ocupada com o andamento de Anathema que esqueci de postar

Sorry bae

Juro que agora começo a postar normalmente como eu havia prometido

Até o próximo capítulo

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