O Peregrino.

Rivers

Apollo amanheceu o dia diferente, não era mais um estudante, era um soldado agora. Já era maior que todos os seus amigos, com apenas 15 anos, começou a lutar. Estava disposto a seguir com a carreira e continuar.

— Olá estudante, está falando com um soldado agora. — Disse com um ar superior debochado.

— Sério? Você conseguiu??? — Dante respondia, impressionado.

— Duvidava?

— N--não! — Gaguejou. — Sempre confiei em ti! Parabéns, parabéns mesmo. Agora o Rudolf tem que ficar quietinho quando for falar de você.

— Nossa, tem isso também — Apollo gargalha alto. — Não havia me ligado de que aquele bosta vai ter que me respeitar!

— Posso dizer que você já venceu na vida.

Apollo e Dante riram bastante. E finalmente foram dormir, estava tarde.

No outro dia, sargentos e outros já o chamavam de soldado, tinha a sua primeira condecoração, estava feliz. Mas nunca imaginou que sua primeira operação seria tão rápido, três dias depois, ele foi convocado para uma missão, estava empolgado, não sentia medo apesar de poder morrer.

— Olha aqui, tamo indo nessa operação numa fábrica que DIZEM estar sendo usada como arsenal pras gangue de Fallow City, copiado?

Capitão Tyson tinha o sotaque caipira, mas distoava em sua aparência, era alto, 1,91. Negro e forte, famoso por ser agressivo durante o combate.

— Cês tomam cuidado, informantes falam que tão armados até os dente, por isso nós vamo no silêncio, quando eu der o sinal, podem fazer o estrago, copiado?

— Copiado, senhor! — Apollo dizia, com a rigidez de um novato.

— Ah, já ia me esqueceno, temos um novo soldado entre nós, tratem ele bem!

— Aí novato! Boa sorte! — Um dos soldados, onde sua placa dizia seu nome: Ryan, falava. Ele deu jóinha com a mão esquerda.

— Obrigado!

Todos os soldados, que eram 20 entram em um comboio e procedem para a missão, a viagem era longa e demorada, foram até a fronteira de Fallow City, para sua área rural. Antes de entrarem no comboio, estavam devidamente equipados e prontos.
Viram de longe a fábrica, mas pararam, decidiram prosseguir silenciosamente.
Foram andando pelo mato, abaixado.

Cpt. Tyson sussurrou para sua tropa. — Parados! Tem sniper alí em cima, Roger!

Roger era um super habilidoso, o homem branco de 1,79 era o melhor de todos, tinha a mira impecável, onde ele mirava, ele acertava.

— Vai ser fácil! — Roger nem precisa mirar muito, ele coloca o silenciador e acerta um tiro no meio da testa do soldado.

— Boa, soldado!

Eles prosseguiram e chegaram lá, deram a volta para entrar pelas portas do fundo, mas haviam dois guardas.

Preciso me destacar, não quero ser apenas um soldado normal, preciso ser melhor, como Roger. Pensou Apollo, pronto para dar tudo de si. — Eu pego eles. — Disse o jovem.

— Acha que consegue? — O capitão dizia, temendo pela vida do novato.

— Consigo!

— Mirem no inimigo, caso o soldado Rivers dê algum deslize.

Apollo se aproxima silenciosamente, pega sua faca de bolso e a enfia no pescoço do homem, ele engasga no próprio sangue, o guarda que estava do outro lado do portão olhava para frente, e não viu/escutou seu aliado sendo morto. Apollo encostou-se no portão, e foi para trás do segundo. Num ataque limpo, tampou a boca do inimigo e cortou sua faringe, fundo o suficiente para sua cabeça ficar sendo sustentado por um fio de carne.

— Boa garoto — O oficial sussurrou para si mesmo. — Tyson deu sinal para os soldados avançarem.

O portão estava meio aberto, havia muita gente lá dentro, portando ak's, revólveres, uzi's. E haviam outros carregando caixas para caminhões, de armas, explosivos.

Cpt.Tyson falou baixo no rádio: —Confirmado! Aqui é o arsenal, muito provavelmente saem daqui parte das armas de Fallow City. Vamos adentrar. — Tyson disfarçava o sotaque quando falava no rádio, queria parecer sério.— Simbora, vão lentamente, quando eu der o sinal, atirem!

Tyson foi o primeiro a entrar, escondeu-se atrás de caixotes, os soldados fizeram o mesmo muito taticamente. Apollo se escondeu atrás de uma bancada.

Tyson fez um sinal com a mão, o sinal de observação. Todos os soldados tinham que observar, analisar a situação e pegar o melhor alvo. Apollo escolheu a pessoa que carregava uma Uzi, estava encostada no portão da frente e falava com outro bandido.

Tyson fez outro sinal, agora sim, era permissão para atirar.

Os soldados em um conjunto, sincronizados como um ser vivo, atiraram nos bandidos de sua escolha,
28 bandidos morreram em uma saraivada. Mais alguns desceram do escritório que fica em cima. Eles vieram atirando em todos os cantos. Quando foram recarregar, Tyson deu sinal. Outra saraivada matou o restante. Poucos sobraram, foram mortos por Apollo, estavam escondidos.

— Parabéns, soldados! Cês fizeram um ótimo trabalho. Vou subir, quero 10 soldado aqui, 10 lá atrás, e 10 sobe comigo, simbora!

Apollo foi junto, ficou na retaguarda esperando.

— Isso aqui? É oro! Papelada e papelada de notas fiscais dessas arma, tão comprando de um empresário russo. Vamo voltar! Vou ligar pra uns companheiro meu, vão apreender tudo essas arma.

Os soldados se reuniram e voltaram para o comboio.

Apollo voltou para o quartel, tinha achado surpreendentemente fácil, mas havia gostado. A prova foi muito mais difícil.
Ao chegar, teve a notícia que Dante se tornou um investigador, ele fez a prova de logística e passou com excelência. Atuava nos setores de investigação cibernética. Apollo ficou muito feliz.

A vida de Apollo mudou quando ele se tornou soldado, agora, ele era verdadeiramente um homem...

*= letras em itálico representam pensamento do personagem