Prólogo

3.5K 816 133
                                    

"Se até os cactos que são cobertos de espinhos, 
têm flores lindas para mostrar...
então qualquer ser humano por mais frio que seja,
em algum momento terá sempre um pouco de amor para dar."

- Bel Coutinho


Acordo em meu apartamento na capital e sinto a bile subir, levanto tropeçando entre os lençóis, quase caindo, corro até o vaso sanitário e solto tudo que ingeri. O gosto amargo se intensifica na minha boca, vou até a pia, escovando meus dentes.

Encaro o espelho e não reconheço minha feição. Estou um caco.

Ontem visitei uma boate com Diana e duas amigas dela, no fim, aconteceu o de sempre, viemos para meu apartamento e fizemos a nossa festa particular.

Pena que uma das moças era muito jovem, acho que inexperiente, então não topou tudo que Diana e a outra amiga quiseram fazer. Por isso, odeio sair com mulheres novas demais, sempre inseguras e com medo de se entregarem totalmente.

Cansativo demais!

Amanhã retorno para a fazenda. Vinicius, um dos meus irmãos, está voltando depois de um ano fora, viajando pelo mundo. A morte do meu pai causou algumas rachaduras, foi algo inesperado e mudou um pouco o curso das coisas.

Assumi grandes responsabilidades no negócio da família, junto de Rômulo e Guilherme. Minha mãe, apesar de parecer impenetrável, ainda sofre com a perda, assim como nós.

Vou mergulhar em trabalho este mês, visto que o festival se aproxima e preciso entregar bons potros no leilão. Nada de diversão por um bom tempo.

— Bom dia, Marcelinho. — Diana aparece na porta do banheiro.

— Bom dia, Diana. Acorde suas amigas, viajo agora cedo para a fazenda e ainda preciso resolver algumas coisas.

— Tudo bem. Quando nos vemos de novo?

— Não sei — viro-me para ela —, deixemos para o acaso.

— Como sempre, não? — Ela ri, debochada.

— Eu não me amarro a ninguém. Odeio cobranças e frescuras. Você sabe bem disso.

Passo por ela e vou até o meu quarto. Nunca levo nenhuma mulher lá, normalmente usamos a sala ou o quarto de hóspedes.

Tomo um banho demorado, esperando sinceramente que quando eu terminar todas já tenham partido. Minha ressaca me deixou de mau humor, não quero ter que lidar com falsas promessas ou suposições errôneas.

Quando saio do quarto, o apartamento está silencioso, desço para a garagem e entro no meu carro.

Respiro profundamente, dando partida no meu Audi TT e rumo para a fazenda. Em algumas horas estarei na velha e entediante rotina, lidando com os peões ignorantes, indo à cidade e nunca encontrando nada de interessante.

— Vida entediante, aí vou eu...

Bem vindas a Palomino novamente, minhas pequenas!

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Bem vindas a Palomino novamente, minhas pequenas!

Marcelo e Clarinha estavam doidinhos para contar a história deles e o momento chegou!

Embarquem comigo nessa nova aventura.

Bjscas

[DEGUSTAÇÃO] Perfeito Para Mim - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora