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Aqui mais um capitulo dessa intensa historia e espero estar acertando meninas!!! Beijos e boa leitura!!!

Severiano passou as mãos no cabelo e andou de um lado a olhou sobre os olhares dela que não saiu do carro ou sentiu pena dele, estava ressentida e queria mais que ele sofresse, enquanto ele se perguntava onde tinha errado para que sua vida chegasse aquele ponto. Ele tinha ido parar na delegacia, mas como era um homem muito poderoso apenas entrou e saiu para buscar seu filho e resolver as coisas do enterro de Débora assim que o corpo fosse liberado, tinha tantos sentimentos mais o que mais te doía era o desprezo de Cristina, ela ficou mais alguns minutos no carro e logo desceu dizendo.

- Suas lágrimas não vão trazer minha mãe de volta e eu não sinto pena de você!!! - foi dura, estava quebrada e queria que ele sentisse como ela estava.

Ele a encarou e foi até o carro e pegou uma arma e voltou a ela que deu dois passos para trás sentindo seu sangue gelar.

- Se acha que eu sou um assassino. - colocou a arma na mão dela. - Atira em mim e faz com que sua dor passe, atire nesse assassino que é seu pai!!! - abriu os braços e esperou por ela que o encarou apontando a arma...

Cristina sentiu todo seu sangue ferver e as mãos tremeram com aquela arma apontada para ele, não o considerava mais seu pai, mas atirar nele? Será que teria a coragem para tal feito? Pensou por longos segundos enquanto o olhava de braços abertos e rendido a sua frente. Severiano queria que ela fizesse e se fosse assim que teria que pagar pela morte da esposa aceitaria seu castigo, mas por mais que ela estivesse ferida não era como ele e ele viu o momento em que a arma foi jogada longe.

- Eu quero justiça pra você e não a morte!!! - os olhos pegavam fogo. - A morte seria sua salvação e eu quero que você pague em vida!!! - o encarava.

- Pagar um preço alto por algo que eu não fiz? - gritou com ela. - Como posso pagar pelo crime de matar a mulher que eu amei um dia na vida...

- Quem ama não trai!!!! - gritou o cortando. - Enquanto minha mãe estava morrendo aos poucos você estava com aquela vagabunda, àquela prostituta que você colocou dentro da nossa casa sem se quer o corpo da minha mãe esfriar!!! - foi a ele e o segurou pela camisa. - Que tipo de amor é esse? Que tipo? - o sacudiu e sem mais conseguir chorou batendo em seu peito. - Eu te odeio!!!

Severiano a segurou em seus braços em um abraço caloroso e ela chorou ali por alguns segundos apenas e se soltou dele que também chorava com toda aquela situação que ele não queria porque ele não tinha matado a esposa e não carregaria aquele peso, mas se Débora estava morta era por algo muito ruim que tinha feito e ele iria descobrir. Muitas coisas se passavam na cabeça dele e a morte de sua ex-mulher não poderia mais ser cobrar se de fato fosse Débora quem o tivesse feito.

Era quase uma certeza de que tinha sido ela, uma mulher quando quer algo é capaz de chagar a todos os extremos para se ter o que quer e com Débora não era diferente e ela o tinha enfeitiçado apenas nos detalhes que já não tinha em seu casamento, o seduziu, o conquistou até que sua esposa morreu e em pouco tempo ali estava em como uma nova mulher recém saída de um bordel.

- Vamos embora!! - ela falou entre soluços. - Nada que você disser vai mudar o que sinto ou penso sobre você!!!

- Um dia você vai se arrepender de me julgar tão severamente. - falou com firmeza. - Um dia quando você aprender a amar ai sim você verá a vida de outro modo!!! - foi para o outro lado do carro e entrou esperando por ela.

Cristina ficou o olhando por alguns segundos e logo foi para o carro batendo porta e ele saiu dali rumo a fazenda de Frederico, ela ficou meditando as palavras dele até que o carro parou e ele foi o primeiro a descer, não iria deixar seu filho ali e entrou na casa de Frederico como um foguete e pegou o filho dos braços dele e saiu em silencio do mesmo modo que chegou. Cristina quis falar, mas não tinha o que dizer e era mesmo melhor que ele levasse o menino já que não conseguia se quer olhá-lo.

Frederico saiu da casa e segurou a mão dela passando seu apoio e ela o olhou com os olhos fundos pelo choro e ele a puxou para ele que o abraçou forte deixando que mais algumas lágrimas rolassem por seu rosto molhando sua camisa. Ele respirou fundo e nada disse apenas viu Severiano sumir com o carro levantando poeira, aquela guerra entre os dois estava longe de terminar e ele pela primeira vez temeu o final daquela historia e a apertou um pouco mais em seus braços a confortando pelo momento e pelo que viria dali em diante também.

Severiano saiu dali arrasado queria dirigir até que seu carro perdesse o controle e ele batesse em uma arvore, mas não o fez, não o fez por seu menino que estava ali no banco ao seu lado adormecido alheio a tudo aqui que acontecia. Era tão pequeno, mas já cresceria sem sua mãe, mas de uma coisa ele tinha certeza: Não descansaria até descobrir toda aquela verdade e dar a Cristina tudo que precisava para se arrepender ou viver de uma vez por todas longe dele, disso ele tinha a certeza e resolveria o mais rápido possível... E assim ele foi para casa deixando que aquele dia terminasse para ele e para todos...

EU NÃO SEI AMAR - AMFOnde histórias criam vida. Descubra agora