Alice
Havia se passado dois dias desde meu rapto, estou com saudade da minha tia, a rainha má, apesar de tudo me dá comida e cuida de mim na medida do possível,mas tenho medo deste castelo onde os tons são bastantes escuros, os guardas são sérios, seus olhares dão calafrios em meu pequeno corpo, caminhei até um corredor curiosa pelo lugar, naquele imenso castelo algo para fazer deveria ter, encontrei uma porta que estranhamente não tinha a cor escura pelo contrário, era rosa, aquilo me chamou a atenção, até por que a cor rosa é minha preferida, empurro a porta com minhas duas mãos para minha sorte ela está aberta, ao entrar no quarto minha boca faz um O perfeito, o quarto era lindo, cheios de bonecas, um pequeno berço de madeira e uma cama, há um pequeno armário onde tem algumas roupas, chego um pouco mais perto das bonecas quando sinto uma mão me puxando para longe dali.
—O que está fazendo aqui?—A rainha grita.
—M-me desculpe, e-eu só estava procurando algo para fazer.
—Não venha mais aqui, está proibida!!!—A rainha grita mais alto com seu rosto avermelhado de raiva. Saio correndo dali com lágrimas caindo pelo meu rosto, correndo contra o vento, bruscamente caio no chão, o guarda me olha enraivecido, a comida que ele está comendo caiu toda sobre o chão.
—Olha o que você fez sua pirralha—Ele segurou meu pequeno braço fortemente, iria me arrastar para algum lugar, mas o som da voz da rainha se fez presente.
—Solte-a—O guarda vôo contra a parede—Se tocar de novo nesta menina é um rato morto. Ela se aproximou estendendo sua mão
—O que está fazendo aqui?
—Não deveria ter gritado com você, você é apenas uma criança.
—Me desculpe eu não sabia que você ficaria brava por conta de algumas bonequinhas, afinal você já é grande para brincar de boneca.
—Eu não fiquei com raiva por causa de bonecas, tola criança. Venha vamos sair.
—Aonde vamos?
—Vamos a um povoado—Peguei em sua mão para levantar e segui atrás dela.❁
Chegamos fora do castelo onde se encontrava a carruagem da rainha, os guardas posicionados abriram a porta da carruagem e nós duas entrámos, a rainha deu o sinal a carruagem começou a andar, os galopes dos cavalos já são audíveis, mexo minhas pernas ansiosamente olhando para a janela vendo as árvores verdes passando até começar a enxergar pequenas casas de madeiras, as pessoas em volta enrijecem ao perceberem o som da chegada da carruagem da rainha, os guardas desceram se aproximando do povoado.
—Acho melhor não olhar criança—A rainha falou um tanto quanto despreocupada.
—Por que?O que eles vão fazer?
—Nada que lhe interesse, só estou dando um conselho.
—Não era melhor ter me deixado no castelo?
—Sozinha?—Ela deu uma risada—Não sou burra criança e se Robin aparecesse por lá levaria você e eu ficaria sem meu real objetivo.
—Eu acho que ela não vem mais me pegar, já se passaram dois dias—Abaixei minha cabeça uma lágrima escorreu pelo meu olho.
—Não estava em meus planos ficar tanto dias com você, quer dizer, não estava em meus planos que uma criança aparecesse, mas não se preocupe, ela vem, você não a conhece como eu.
—Vamos demorar muito aqui? Foi só falar que escutei o som das botas do guardas subindo a frente da carruagem para manobrar os cavalos. Em poucos minutos voltamos para o castelo, a rainha está conversando algo com seu espelho enquanto eu a observo do chão.
—Criança, venha—O rosto no espelho some e ela se volta para mim.
—Onde nós vamos?
—Ao estábulo. Ela se virou e eu a segui, passamos pelo corredor do castelo com tochas de iluminação acessas penduradas na parede, até chegar a uma parte fora do castelo, andamos por um gramado verde até chegar a uma estrutura feita de madeira onde antes de chegar já se escuta os relinchos dos cavalos.
—Entre—A rainha indicou a pequena porta abre fecha do celeiro.
—Nossa—Me deslumbrei com aqueles cavalos—Aqui tem muitos.
—Claro, aqui é um estábulo, são as moradas dos cavalos.
—Nunca vi tantos cavalos, para falar a verdade eu só vi tantos cavalos assim na televisão.
—Não sei que objeto é esse, mas não precisarmos de um desse para vê cavalos. Você quer tocar em um criança?
—Eu posso?
—Claro, venha—Ela me chamou, abrindo a portinha que prendia o cavalo dentro.
—Ele não vai fazer nada comigo não né?
—Claro que não, pode vim—Ela estendeu sua mão e eu a peguei—Você não pode demostrar medo, tem de fazer o cavalo seu amigo. Aproximei minha mão dele aos poucos, olho algumas vezes para a rainha e ela me dá incentivo, até que toco minha mão em seu pelo macio alisando sua crina preta.
—Ta vendo, não precisa ter medo—A rainha disse sorrindo. Pela primeira vez vi a sorrindo de felicidade.
—Você gosta muito de cavalos né?
—Sim, desde sempre, eles são meus companheiros, neles posso confiar.
—Eu sempre quis um animal, mas minha mãe nunca quis um e você têm vários cavalos aqui. Ela diz que animais dão muito trabalho.
—Na verdade dão garotinha, mas nenhum trabalho se compara a felicidade que eles me dão.
—Você sabe montar neles?
—Sei, mas já faz muito tempo que não monto em um—Ela abaixou sua cabeça recordando de algo.
—Desculpe, não quero que você fique triste.
—Não se preocupe criança, vamos já está ficando tarde.
—Tudo bem.Mais um capítulo, espero que gostem, comentem o que estão achando para eu saber se estão gostando, bom final de semana :3.
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A Princesa Perdida
FanfictionHá muito tempo uma profecia foi escrita por um mago de outro reino: uma bruxa poderosa viveu tempos sombrios, as trevas tomou conta de seu ser até que uma luz surgiu em sua vida despertando a grande batalha que irá se iniciar entre as forças do bem...