Capítulo 15

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Branca de Neve

  —David!! David!!—Cheguei ao meu quarto gritando.
  —O que aconteceu? Branca? Tá tudo bem?—Ele correu em minha direção me abraçando.
  —Regina sabe de tudo.
  —O quê? como?
  —Ela se soltou da cela se encontrou comigo na saída e nós brigamos se eu não fizesse alguma coisa ela iria me matar. A criança—Tomei consciência de que não sabia nenhuma notícia sobre ela—Onde ela está? Ela está bem?
  —Calma ,Branca, ela está na sala principal.
  —Precisamos fazer alguma coisa David.
  —Não podemos fazer nada, Branca, temos que esperar. De repente um estrondo se fez audível dentro do quarto.
  —O que foi isso?—Questionei o príncipe.
  —Eu não sei, vamos vê—Nós corremos até a janela.
  —Ogros?—Questionei o príncipe com uma cara de surpresa.
  —De onde eles estão vindo? Ogros? Ele estavam todos exterminados, como apareceram aqui?
   Nós corremos em direção a sala principal.
  —Estão todos bem?
  —O que são aquilo?—Alice perguntou um pouco assustada.
  —São ogros, não sabemos de onde estão vindo. A porta se abriu bruscamente, Zangado entrou pela porta anunciando
  —Ogros, eles estão vindo, estão por toda parte.
  —Nós já sabemos, Zangado—Respondi—Você sabe de onde eles estão vindo?
  —Ouvi dizer que é de um portal  e não são só ogros, são outras criaturas de outra parte. Cada vez chega mais.
  —Reúna os guardas, Zangado, façam uma defesa na frente do castelo—O príncipe ordenou—Vamos vê o que precisamos fazer por aqui. Robin e seu pai com o outro homem que o acompanham chegam na sala principal.
  —Vocês viram aquilo?—Robin filha de Hood perguntou.
  —Vimos, precisamos de uma defesa—David disse.
  —Claro, pode contar com a gente—Hood pai de Robin falou. David pegou um papel amarelado com desenho de nosso castelo e colocou sobre a mesa
  —Zangado disse que eles estão vindo por todos os lados então precisamos de defesa na frente e atrás do castelo. Há anões e guardas na frente, precisamos de defesa atrás. O príncipe indicava cada parte do castelo indicando onde precisa ser defendido, os outros prestam atenção atentamente.

                              ❁

REGINA

  Adormeci de cansaço sentada na cadeira apoiando minha cabeça sobre a mesa quando um estrondo me fez acordar, olhei para os dois lados assustadas, ainda sonolenta me levantei da cadeira imediatamente indo em direção a janela
  —Ogros? Mas que diabos está acontecendo aqui? Voltei em direção a mesa, olhei atentamente uma folha que está caída
  —Mas o que é isso?—Olhei as gravuras que estão sobre a folha, uma rainha que se parecia bastante comigo e a figura de uma menina pequena que aparentava ter uns 10 anos segurando uma criança nova, virei a folha lendo o que está escrito. Quando a rainha descobrir o segredo sobre a princesa a batalha começará e uma luta a rainha travará, mas não vai ser nesse mundo onde a luta acabará, a maldição vai ser lançada e só a princesa poderá quebrar com ajuda de alguém que ainda está por vim, após 22 anos a batalha final irá se iniciar. Embaixo da folha está escrito um nome once upon a time
  —O livro da criança, eu sou a rainha da profecia, a princesa perdida é a minha filha—A folha caiu das minhas mãos, minha boca se abriu em um perfeito ''o'' outro estrondo aconteceu me acordando do meu transe.
  —Preciso proteger minha filha—Fiz um movimento com meu pulso a fumaça roxa apareceu sob minha mão dissipando alguns segundos depois, o livro apareceu em minha mão, outro movimento com minhas duas mãos me fazendo teletransportar para a sala de Branca de Neve. Todos voltaram a atenção para mim, o desencantado pegou a espada e veio em minha direção.
  —Não vim fazer mal, vim ajudar ok? Usei minha magia transformando a espada no príncipe em água.
  —Se veio ajudar não precisava ter feito isso com minha espada.
  —Oh, me desculpe—Coloquei minha mão em meu peito fingindo está arrependida. Coloquei o livro em cima da mesa de reuniões.
  —Gina—Ouvi a voz doce da criança chamando pelo  apelido que ela inventou.
  —Oh, oi—Me abaixei na altura dela—Como você está?
  —Estou bem, fico feliz em te vê de novo—Ela me abraçou e eu retribui, senti uma lágrima caindo sob meu rosto, mas logo tratei de limpá-la para a criança não suspeitar.
  —O que está acontecendo? Regina? —Branca veio em direção a mim.
  —Uma profecia—Olhei para ela me levantando—Venha aqui e lhe explico tudo—Fui para um canto mais reservado da sala com Branca me seguindo—Rumple me falou sobre uma profecia, que falava que quando a princesa chegasse a luta do bem e do mal começaria, mas não seria nesse mundo que iria acontecer.
  —Você quer dizer que teremos que ir para outro mundo?
  —Sim, acho que esse portal não se fechará, se fomos lutar iremos perder.
  —O que você acha que devemos fazer?
  —Eu tenho uma maldição no meu cofre, mas ela irá retirar nossas memórias, não iremos nos lembrar de nada no outro mundo. Na profecia falava que a princesa iria quebrar a maldição depois de 22 anos.
  —Você quer dizer que vamos ter que passar 22 anos vivendo uma vida falsa?—Branca me olhou indignada—Como vamos saber que não é um plano para nos fazer mal?
  —Claro, por que eu iria lançar uma maldição onde não lembraria da minha filha—Revirei os olhos.
  —Me desculpe—A porta se abriu fazendo nós olharmos quem entrou.
  —Branca, vimos os ogros, estamos aqui para ajudar—As fadinhas detestáveis comunicou.
  —Agora o bonde encantado ficou completo—Revirei os olhos.
  —O que ela está fazendo aqui?—A fada azul olhou indignada.
  —É um prazer te vê também—A ironia é evidente em minha voz. A fada passou por mim ignorando minha presença prosseguindo na direção de Branca.
  —Branca—A fada azul sorriu.
  —O que foi, azul?
  —Oh, você está grávida querida. Branca abriu sua boca em surpresa mas logo um sorriso abriu em seu rosto.
  —Bela hora de engravidar.
  —nessas coisas não se mandam Regina.
  —Na verdade se mandam sim, é só não fazer e pronto.
  —Será que dá para parar de falar da minha vida conjugal—Branca está vermelha de vergonha. Branca partiu para direção do príncipe contando-o a notícia ele imediatamente a abraçou um sorriso largo se fez em seu rosto.
  —Não quero atrapalhar a felicidade de vocês, mas estamos com problemas.
  —Ela tem razão David, o que vamos fazer?
  —Vamos ter que lançar essa maldição, claro que essa não é a original, a original eu teria que tirar o coração de quem mais amo e eu não estou disposta a isso.
  —E o que precisa para essa maldição?—Branca questionou.
  —São os mesmo ingredientes só não o coração, por essa não ser a original nenhum de nós vamos nos lembrar de nada, até que se passe 22 anos e a pessoa certa venha quebra-lá, mas só uma coisa que não ficou esclarecida, eu vi um bebê na profecia—Andei de um lado para o outro tentando encaixar a parte do bebê na profecia, então uma luz veio em minha cabeça—Seu bebê Branca, ele ajudará.
  —Como assim?
  —Na profecia falava de um bebê que ainda está por vim só pode ser o seu.
  —Regina, eu não vou mandar meu bebê em uma maldição, você está louca.
  —Branca, essa é a única alternativa, a profecia deve ser seguida ou então ficaremos prisioneiros sem identidades para sempre. Branca começou a chorar.
  —Talvez esse seja meu carma por ter feito o que fiz com você Regina. Perder a infância da minha filha.
  —Você está disposta? Branca maneou sua cabeça em um sim.
  —Branca!! isso é uma loucura!!—O príncipe pegou em seus ombros—Ela é nossa filha.
  —David, não podemos condenar essas pessoas a viverem sem saber quem são.
  —Você quer condenar a nossa filha?
  —Não estou condenando, ela irá voltar para gente. Ela vai ser uma princesa David, não é o dever dela fazer o bem para o seu povo? É difícil para mim, mas não temos outra alternativa—As lágrimas caí sobre o rosto de Branca—Faça o que tem que fazer Regina.

  Em comemoração a 400 visualizações do livro decidi postar o capítulo que seria desse sábado hoje, então hoje teremos o capítulo 15 e sábado o 16. E o que falar sobre carma em?🙊 Parece que Branca vai ter que passar pelo mesmo que Regina passou em relação a filha, perder a infância dela. Boa leitura 🌻.

   
 

 
 
 
 

 

A Princesa PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora