Four || Deslizando

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[Bohnes - Slither] Playlist 

V E R O N I C A

Toc, Toc, Toc.

O som de algo oco soou pelo lugar onde eu estava, três vezes, escutei com dificuldade por conta do volume alto em que a música que eu escutava se encontrava. Mesmo assim, larguei o que eu comia em cima da cama e caminhei até a porta de boca cheia, limpei os lábios com a parte exterior de meu pulso, logo em seguida abri a porta.

A visão do garoto de cabelos marrons e olhos claros me deixou desconfortável, meu cabelo estava amarrado em um coque mal feito, e as roupas que usava naquele momento não eram nada apropriadas para receber visitas, tais como ele, que ao me ver, passou seus olhos da ponta de meus pés até meu cabelo, lentamente.

Hurm, Hurm... — Cocei a garganta fazendo-o fixar seus olhos aos meus.

— Huh... Tem como você abaixar o volume do som? — Ele dizia com um tom de deboche.

— Não. — Sorri, e fechei a porta.

Ou quase. O mesmo pôs sua mão na porta impedindo-a de fechar, então novamente eu a abri.

— Algum problema? — Sorri sarcasticamente.

Deu um passo.

— Eu? Nenhum. Você? — Mais um passo. — Acho que sim...

— Tá tudo bem, ou seus pés estão com um probleminha de articulação? — Disse sem hesitar.

Ele apenas sorriu, com o típico sorriso sínico de sempre.

— Apenas abaixe o volume, sua playlist é daquelas que faz a gente querer foder alguém, e à menos que você queira, eu não vou ficar na vontade. — Diz em seguida pisca um de sua olhos.

Fechou a porta com o mesmo sorriso de antes. Um típico babaca. Daqueles que fazem você querer se fodida por um, vejamos qual é o meu caso.

Aproveitei para voltar a comer o meu lanche que tinha feito para mi mesma, abaixei o volume da música, e me sentei em minha cama novamente cruzando as pernas, peguei meu celular abrindo minha caixa de mensagens.

[Mensagem de Mamá]
[Mensagem de Mamá]
[Mensagem de Mamá]

Era tudo o que tinha na caixa de mensagens, fazendo meu celular explodir de notificações e vibrar em minhas mãos. Deixei meu lanche de lado, e concentrei minha atenção na tela do celular, via as notificações explodindo, porém não iria atender. Não depois do que ela fez.

Larguei-o em cima da cama e voltei a comer o meu lanche, dois minutos depois Toni estava em minha porta dizendo que precisava conversar comigo. Hesitei, todavia a garota me tranquilizou ao dizer que não era nada com o que eu precisasse me preocupar, então assim eu a segui.

Chegamos em uma sala onde haviam várias mulheres, apenas mulheres, para o que parecia ser uma reunião reservada, apenas para as "funcionárias" de lá. Me senti desconfortável perto delas, não por saber o que todas nós fazíamos, mas por não estar — tão — apresentável quanto elas.

Toni me tirou do transe quando voltou a mesa depois de ter fechado a porta da salinha particular onde estávamos, puxou uma cadeira, e se sentou. A mesa era redonda, sendo assim, todas conseguíamos olhar umas as outras sem muito esforço, então Toni começou a falar, voltando as nossa atenções à si.

— Então meninas... — Toni indagou. — Algumas de vocês ficaram sabendo que nessa noite estaremos recebendo visitas aqui, visitas de fora, bem particulares. — Disse, e então todas as garotas empolgaram-se. — Okay, okay, deixem eu terminar. Então por isso, estarão levando uma de vocês para a cama... — Todas começaram a questionar, não conseguia entender o que, estavam todas falando juntas.

STRIPPER | vugheadOnde histórias criam vida. Descubra agora