Alfonso chegou ao centro de hipismo e quando não encontrou a esposa foi conversar com o estagiário dela.
- Olá Lucas.
- Senhor Herrera, como está?
- Muito bem e você?
- Tudo certo. - Lucas sorriu. - Imagino que esteja procurando a sua esposa né?
- Isso e já percebi que ela não está por aqui. Ela deixou algum recado com você? Sabe pra onde ela foi e quanto tempo ela demora?
- Não, a senhora Anahí não me avisou pra onde estava indo, mas me pediu que te entregasse isso assim que você chegasse aqui. - Lucas respondeu, estendendo um envelope pra ele.
Alfonso abriu o envelope e reconheceu a letra da esposa no bilhete.
"Vá até o Alec. Rastreiem meu celular. Estarei onde a Maite está. Amo você. Any."
- Você chegou a ler esse bilhete? - Alfonso perguntou colocando o envelope no bolso.
- Não senhor, eu espero que esteja tudo bem.
- Está.... Está sim. Vou precisar que cuide do centro, Anahí provavelmente não volta mais hoje. Mas qualquer problema grave ou emergência você liga pra gente.
- Sim senhor, pode ir tranquilo.
Alfonso acenou com a cabeça e se retirou as pressas. Sozinho no carro, ele socou o volante do veículo furioso.
- Que droga você foi fazer Anahí!
Depois de uma viagem de quase uma hora Anahí finalmente chegou ao local conforme às instruções de Maite. Ao descer do carro, ela estreitou as sobrancelhas, tinha algo de familiar naquele lugar.
- Ah não me diga que a sua santa memória que lembra de tudo até do que não deve, deixou você na mão agora. - Maite debochou.
- Esse lugar não me é estranho. Acho que já participei de algum torneio aqui.
- É acertou. Foi aqui o torneio de hipismo onde você trapaceou e ganhou da minha irmã. Nesse lugar rolou o último torneio da Areta, o torneio que junto com você arruinou a vida dela.
- Maite de novo com isso? - Any suspirou, cansada dessa história.
- Você acha que eu perdoei você? Que o encontro que tivemos há quase dez anos, onde quase morri queimada, me fez esquecer do que você fez à ela? Não Anahí, quando Areta morreu, eu jurei que ia me vingar de você. Não consegui aquela noite no estábulo, nem quando sequestrei você, mas de hoje não passa e eu nem me importo de morrer, porque eu sei que só a morte vai poder me dar paz. Eu não tenho nada a perder Anahí, voltei disposta a tudo, a morrer com você se isso for preciso pra acabar com sua vida.
Num ato um tanto impensado Anahí pegou a arma e apontou pra Maite.
- Nem mais um passo!
Maite arregalou os olhos e levantou as mãos como se estivesse com medo. Logo em seguida, começou a rir, como se tudo aquilo fosse muito divertido.
- Você acha que me assusta com essa arma?
- Com certeza uma louca como você não se assusta com qualquer coisa, mas deixa eu te dizer algo. Eu tô cansada dessa história de vingança. Eu não fui a responsável pelo suicídio da sua irmã, muito menos pelo acidente que ela sofreu antes disso e a deixou paraplégica. O culpado da morte da sua irmã é o pai de vocês Maite, ele quem causou o acidente a cavalo que a deixou paraplégica. Se ele não a cobrasse tanto antes e depois do acidente, Areta poderia estar viva.
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Especial de Natal Arrebatados ✔
RomanceAs famílias Portilla e Herrera não poderiam estar mais felizes esse ano. É o primeiro Natal da família com a pequena Lara, filha caçula de Anahí e Alfonso. Também é o primeiro Natal que Christian passa em Vale do Oeste com sua esposa e o primeiro fi...