Anahí chegou à cidade e foi direto para a clínica de fisioterapia onde Maite atendera sua irmã anos atrás. Como já esperava não eram as mesmas pessoas que estavam ali.
- Boa tarde.
- Oi. Anahí Herrera, certo? - a mocinha da recepção sorriu pra ela.
- Isso. - Any assentiu. - Eu sei que pode parecer complicado, mas há uns oito anos minha irmã fez fisioterapia aqui com Maite Perroni. Eu gostaria de saber se é possível verificar o prontuário dela?
- Qual o nome da paciente?
- Emanuelle Portilla.
- Posso ver seu documento?
Anahí estendeu o RG para ela. Após verificar o nome de Anahí e o nome dos pais dela, a recepcionista sorriu pra ela e começou a digitar alguma coisa no computador.
- Todos os prontuários com mais de cinco anos estão guardados em arquivos ou foram entregues aos próprios pacientes. Você tem certeza que sua família não recebeu o da sua irmã?
- Sim. Não está conosco.
- Ok, deixa eu só verificar então se ainda está aqui e o número do arquivo do prontuário dela.
- Espero de verdade que você encontre.
Anahí olhou em volta ansiosa, o prontuário de Emanuelle era a única forma que ela conhecia para tirar a dúvida que estava em sua cabeça. Se o prontuário não aparecesse, Any nunca mais ficaria tranquila.
- Achei.
- Sério?
- Sim. Paciente Emanuelle Portilla, filha de Marichello e Enrique Portilla. Quadro clínico, paralisia de membros inferiores. Paciente em tratamento pós-coma.
- Essa mesma. - Any sorriu aliviada.
A recepcionista anotou o número do prontuário e arquivo e se levantou.
- Aconselhamos que os familiares chequem o prontuário antes de retirá-lo da clínica. Se quiser sentar naquela mesa pra fazer isso, fique à vontade. Depois só será necessário você assinar o documento de retirada.
- Ta, tudo bem. - Any assentiu e deixou que a recepcionista pensasse que ela estava ali pra levar o prontuário da irmã.
Anahí sentou na mesa e ficou abrindo e fechando as mãos sentindo a ansiedade revirar seu estômago e disparar seu coração.
- Aqui está o prontuário da sua irmã.
- Obrigada! - Any sorriu e colocou as fichas na mesa.
Assim que ficou sozinha, ela abriu a primeira página com os dados da irmã e pegou o bilhete que recebera. Observou muito bem a escrita do bilhete e a escrita do prontuário. Ambas as escritas, eram bem nítidas, levemente inclinadas, com as letras muito bem desenhadas. Dava pra deduzir que a pessoa que escrevera ali deveria ser alguém caprichosa e talvez até metódica.
Anahí se inclinou na cadeira e levou uma mão ao coração disparado. Aquilo era um pesadelo, mas ao contrário dos pesadelos ela não ia poder acordar e se ver livre daquilo.
- É a letra dela. - constatou. - Maite não morreu naquele incêndio.
Respirando fundo, ela se levantou com as mãos trêmulas e tentou se recompor diante da recepcionista.
- Está tudo certo. Onde eu preciso assinar?
A mocinha sorriu e estendeu um rápido formulário pra ela. Anahí não entendeu como conseguiu preencher as linhas e assinar sendo que suas mãos não paravam de tremer.
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Especial de Natal Arrebatados ✔
RomantizmAs famílias Portilla e Herrera não poderiam estar mais felizes esse ano. É o primeiro Natal da família com a pequena Lara, filha caçula de Anahí e Alfonso. Também é o primeiro Natal que Christian passa em Vale do Oeste com sua esposa e o primeiro fi...